O doutor em biologia Diego Golombek (Buenos Aires, 1964), professor da Universidade de San Andrés da Argentina e pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas, CONICET, é especializado em cronobiologia. Ele tem investigado questões sobre o sono, o funcionamento do relógio biológico, como reconhecemos a diferença entre dia e noite e quantas horas devemos dormir. Golombek entrou na biologia sem saber exatamente por quê, mas o estudo do cérebro e sua fisiologia o cativaram. Ele enfatiza a importância de respeitar o tempo de sono do corpo e como a tecnologia influencia negativamente a qualidade do sono.

Golombek participou recentemente do Festival de Ciência Puerto de Ideas, em Antofagasta, onde abordou os mistérios do sono. Ele destaca a relação entre a procrastinação do sono e a procrastinação em geral, evidenciando como a resistência em dormir afeta o desempenho cognitivo e a saúde. O pesquisador alerta para a necessidade de no mínimo sete horas de sono por noite, ressaltando que a falta de sono pode impactar negativamente a produtividade.

Além disso, ao estudar populações indígenas que vivem sem luz elétrica, Golombek observou diferenças significativas nos padrões de sono em relação à sociedade moderna, que segue um ritmo de 24 horas. A tecnologia tem impactado diretamente nos hábitos de sono das pessoas, levando a distúrbios e à redução da qualidade de vida. Portanto, o pesquisador reforça a importância de cuidar do sono e promover hábitos saudáveis para garantir o bem-estar e a produtividade.