A agenda da reunião que será realizada neste domingo em Berlim pelo presidente argentino e o chanceler alemão teve mudanças significativas a apenas quatro dias da visita. Os líderes não terão a reunião bilateral programada e nem realizarão uma coletiva de imprensa conjunta, como é feito sempre que um líder estrangeiro visita o chanceler. Nesta ocasião, o programa será limitado a uma “breve visita de trabalho” entre as duas delegações, conforme comunicado por uma porta-voz do governo alemão em uma coletiva de imprensa ordinária. De Buenos Aires, também confirmaram que o encontro não será considerado uma reunião bilateral.

A alteração repentina do programa ocorre apenas dois dias após o principal porta-voz de Olaf Scholz criticar as acusações feitas pelo presidente espanhol, Pedro Sánchez, e sua esposa, Begoña Gómez. Em uma entrevista, Milei classificou o governo espanhol como “corrupto”, gerando um conflito diplomático que resultou na retirada da embaixadora espanhola em Buenos Aires.

O presidente argentino viajará para a Alemanha neste final de semana após passar por Madrid. No sábado, receberá a medalha Hayek em Hamburgo e no domingo se encontrará com Scholz em Berlim. Como prólogo de sua nova visita à Espanha, e enquanto o conflito diplomático entre os dois países continua, Milei voltou a atacar o governo de Pedro Sánchez.

Este novo viagem à Espanha será, assim como a anterior, uma visita não oficial, onde será condecorado por Isabel Díaz Ayuso. Os frequentes passeios de Milei financiados com fundos públicos para cumprir compromissos privados têm sido amplamente criticados pela oposição e geraram denúncias judiciais por malversação de fundos públicos.