Em 1º de março, Javier Milei convidou a política argentina a se juntar ao seu projeto ultra com a assinatura de um contrato social baseado em seus princípios libertários: propriedade privada inviolável, equilíbrio fiscal, livre comércio e desregulamentação econômica. A cerimônia de assinatura inicial do Pacto de Maio, prevista para o dia 25 daquele mês, foi adiada por um mês e meio devido ao atraso do Congresso em aprovar a Lei Bases à qual o presidente argentino havia vinculado o pacto. O decálogo original do governo permanece inalterado, com exceção do ponto da reforma política, que foi substituído por uma defesa da educação “útil e moderna”.

Milei presidirá um evento na cidade norte de Tucumán, acompanhado de seu Gabinete, recentemente expandido com a adição do economista Federico Sturzenneger como novo ministro de Desregulamentação e Transformação do Estado, 18 governadores provinciais e dois ex-presidentes: Mauricio Macri (2015-2019) e Adolfo Rodríguez Saá (2001).

Os expresidentes peronistas Cristina Fernández de Kirchner e Alberto Fernández não comparecerão ao evento. Através de uma carta pública, Fernández justificou sua ausência para evitar que sua presença fosse interpretada como um aval a propostas imprecisas. Também estarão ausentes legisladores kirchneristas, de vários partidos opositores, magistrados da Corte Suprema de Justiça e dirigentes da CGT.

O evento de assinatura do Pacto de Maio está agendado para a meia-noite de 8 de julho, pois o horário noturno estava ocupado por um jogo de futebol. O ato não terá validade legal obrigatória, sendo uma forma de mostrar apoio às políticas defendidas por Milei.

Diversos pontos do decálogo que será assinado pelos governadores foram apresentados, incluindo a inviolabilidade da propriedade privada, equilíbrio fiscal, redução do gasto público, reforma tributária, entre outros. Milei busca promover políticas que considera necessárias para avançar em direção à liberdade.