Milei chama um banco privado de “golpista” por se desfazer de títulos da dívida pública.

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Javier Milei declarou guerra ao Banco Macro, um dos maiores bancos privados da Argentina. O presidente ultradireitista acusou a instituição de promover um golpe de mercado que resultou em uma escalada nas cotações do dólar em um mercado não regulamentado. Milei afirmou que o Macro tentou desestabilizar o governo ao liquidar quase 1,8 trilhão de pesos em bônus da dívida, forçando o banco central a emitir mais moeda para pagá-los. Segundo o presidente, a mão do kirchnerismo está por trás dessa operação.

Na primeira semana de julho, o governo não se saiu bem. Após a aprovação da lei de desmonte do Estado, Milei prometeu o fim das restrições cambiais, mas a Casa Rosada acabou transferindo os passivos do banco central para o Tesouro nacional, sem eliminar as restrições. Investidores esperavam mais definições, o que levou o Banco Macro a ativar os puts, um seguro de recompra criado para tornar os bônus da dívida em pesos mais atrativos. Milei quer acabar com os puts como parte de sua luta contra a inflação.

A disputa entre Milei e o Banco Macro resultou em uma escalada no dólar livre, que atingiu 1.500 pesos por unidade. Milei atribui a disparada ao banco, que ele associa ao ex-ministro Sergio Massa. A instituição pertence à família Brito e, segundo Milei, cresceu durante o kirchnerismo com negócios ligados à Anses. O ministro de Economia, Luis Caputo, discorda das acusações de Milei, afirmando que o Banco Macro agiu com base nas informações fornecidas pelo governo.

A direção do Banco Macro e Massa não responderam às acusações de Milei. O ex-ministro permanece em silêncio desde o aniversário da morte de Juan Domingo Perón.

Alex Barsa

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