Seus pais não eram argentinos, mas sim espiões russos: duas crianças descobrem sua verdadeira identidade durante troca de prisioneiros.

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O presidente russo, Vladimir Putin, deu boas-vindas em espanhol às duas crianças que desembarcaram do avião em Moscou ao lado de seus pais, Artem Dultsev e Anna Dultseva, e outros prisioneiros libertados no maior intercâmbio entre Rússia e Ocidente desde a Guerra Fria. Os menores, de oito e dez anos, estavam perplexos. Não sabiam quem era a pessoa que os cumprimentava e acabaram de descobrir a verdadeira identidade de seus pais, dois espiões de Moscou, poucas horas antes. Os Dultseva viveram em um bairro nobre de Buenos Aires sob as identidades falsas de María Rosa Mayer Muños e Ludwig Gish entre 2012 e 2017. Em 2017, fizeram as malas e se mudaram para a Eslovênia, alegando que estavam fugindo da insegurança de seu país. Os dois espías russos concordaram em se declarar culpados perante a Justiça eslovena das acusações de espionagem e falsificação de documentos e receberam uma sentença de um ano e sete meses, com expulsão do país por cinco anos. Após pisarem em solo russo, a mãe das crianças abraçou Putin, que as recebeu com flores. O intercâmbio de prisioneiros envolveu Estados Unidos, Rússia, Belarus e Alemanha, resultando na devolução de oito pessoas à Rússia em troca da libertação de 16 detidos na Europa, incluindo o jornalista Evan Gershkovich, o ex-militar americano Paul Whelan e o dissidente russo Ilia Yashin. O último canje de presos aconteceu em dezembro de 2022 e resultou na libertação da basquetebolista Brittney Griner e do traficante de armas Viktor Bout. Washington não aceitou entregar o criminoso Vadim Krasikov, condenado por assassinato na Alemanha.

Alex Barsa

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