Com visita ao Brasil, direita espanhola leva sua luta para a América Latina.

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Santiago Abascal, líder do partido de extrema direita espanhol Vox, participou do Congresso Brasil Profundo, promovido por Eduardo Bolsonaro. A batalha entre o Partido Popular (PP) e o Vox pela hegemonia da direita espanhola se estende para além das fronteiras do país europeu, alcançando a América Latina. O atual cenário político latino-americano é marcado pela polarização, com o surgimento de candidatos populistas que ameaçam os partidos moderados.

Abascal viajou para o Brasil para participar do evento organizado por Eduardo Bolsonaro, enquanto o líder do PP, Pablo Casado, segue em uma excursão pela região. Enquanto o Vox busca alianças com partidos ultraconservadores na Europa, o PP tenta fortalecer o bloco de centro-direita. A política externa de ambos revela diferenças ideológicas, mas a possibilidade de uma coalizão conservadora nas próximas eleições gerais os obriga a encontrarem um acordo.

Abascal acusou Casado de buscar acordos com grupos considerados extremistas na Espanha, o que gerou atrito entre os dois partidos. Enquanto o Vox defende uma postura anticomunista, o PP lançou a Aliança pela Liberdade na Iberoamérica para fortalecer a democracia na região. Casado busca apoio dos partidos de centro-direita na América Latina, evitando confrontos com os líderes populistas de extrema direita.

A influência de líderes como Donald Trump nos Estados Unidos e Jair Bolsonaro no Brasil tem levado a uma guinada para a extrema direita na região. As eleições presidenciais brasileiras de 2022 serão um grande teste para a direita democrática. Enquanto isso, na Europa, a saída de Angela Merkel da chancelaria alemã reduz a influência dos conservadores tradicionais, abrindo espaço para novas lideranças como Casado.

Em meio a essas disputas, o Vox adota posições mais identitárias e eurocéticas, o que pode complicar a posição de Casado no futuro. A fratura ideológica entre os dois partidos pode representar um desafio para a integração europeia e a estabilidade política na região.

A disputa pelo espaço político está cada vez mais confusa, com as linhas entre direitas tradicionais e radicais se tornando difusas. A agenda política europeia é copiada na América Latina, gerando um cenário complexo e imprevisível. A busca por alianças e a definição de posições políticas serão cruciais para o futuro da direita espanhola e europeia.

Alex Barsa

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