Diego Martínez, após a derrota de uma equipe em um clássico: “Temos forças, mas quero o melhor para a equipe”

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O Boca caiu como mandante diante do River. O superclássico correspondente à rodada 15 da Liga Profissional foi a segunda derrota consecutiva para a equipe xeneize, que ficou muito longe da luta pelo título. Isso se soma à saída das posições de classificação para a Libertadores e à eliminação pela Sudamericana. Por isso, o treinador Diego Martínez foi questionado sobre seu futuro na coletiva de imprensa, e também comentou o desfecho polêmico que teve o confronto na Bombonera.

“Sensações feias. Quando se perde para o rival clássico, são feias. Não merecemos isso. No primeiro tempo, o adversário foi mais intenso nas divididas após jogadas diretas, mas a equipe jogou muito melhor no segundo tempo, com mais controle, no campo adversário. Em alguns momentos, nesse tipo de partida, é difícil ter tantas oportunidades de gol, mas a equipe dominou, merecia o empate. A sensação era de que a equipe estava melhorando e jogando muito mais. Dá raiva, mas são as regras do jogo. Aconteceu contra o Racing, quando para mim a derrota foi injusta. Mas isso é futebol. É uma m…, porque são dois clássicos e não merecíamos”.

A derrota para o River na Bombonera se soma a um momento irregular do Boca. Eliminação na Copa Sul-Americana, duas derrotas consecutivas nos clássicos e também, a distância do topo da tabela da Liga Profissional. Por isso, Martínez foi questionado sobre como se sente para continuar no cargo: “Tenho força. Sempre vou querer o melhor para o Boca, busquei estar aqui durante toda a minha carreira. Com a minha comissão técnica, temos força. Entre todos que fazem parte do clube, consideraremos o que é melhor. Queremos melhorar, continuar lutando pelo campeonato e pela Copa Argentina, apesar de estarmos longe na Liga”.

Martínez expressou sua frustração. Não conseguiu se livrar dessa sensação durante toda a entrevista coletiva. “Estou em um momento de dificuldade. Na Copa da Liga perdemos uma semifinal, fomos eliminados na Sul-Americana, no campeonato estamos longe… O time não mereceu perder os últimos clássicos em termos de futebol, mas isso é futebol e os resultados são importantes para as gestões. Peço desculpas aos torcedores por termos perdido este jogo e contra o Racing, apesar de ter sido injusto para mim. O torcedor não entende de injustiças. Temos forças para continuar tentando e alcançar objetivos, mas quero o melhor para o Boca”.

O final do superclássico teve polêmica. Milton Giménez marcou o gol do empate, mas após revisão do VAR, o árbitro Nicolás Ramírez anulou por uma mão do atacante. A opinião de Martínez foi contrária à do juiz. “A bola bateu no pé e na cabeça de Milton e depois na mão, e então na parte de trás. Assim, não conseguimos unificar critérios. Não gosto de falar do árbitro. Entendo que ele pode errar, mas não entendo como na semana passada um gol de um jogador do River foi validado e este não, pois é impossível que Milton tenha planejado tocar a bola com a mão. A bola bateu nas costas dele. Para mim, o gol era válido e teria sido justo para nós”, avaliou Martínez.

O treinador defendeu sua escolha de titulares. “Entendi que os que jogaram eram os melhores para esta partida. O vestiário está muito abalado por perder de maneira injusta. As expressões de tristeza são normais depois de uma derrota assim para o rival clássico. Temos que trabalhar para sair dessa situação, como fazemos todos os dias, e que as pessoas reprovassem ou ficassem descontentes é normal porque perdemos em casa para nosso rival. Temos a obrigação de olhar para frente e trabalhar mais duro para reverter isso”, afirmou.

Na próxima rodada, o Boca visitará o Belgrano em Córdoba e precisará vencer para não desistir da Liga, que tem o Vélez liderando com folga. Os dois grandes objetivos que restam até o final do ano são se classificar para a Libertadores pela tabela anual geral e conquistar a Copa Argentina, na qual está nas quartas de final, com o Gimnasia La Plata como adversário.

Alex Barsa

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