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Depois da euforia pela classificação para as semifinais da Copa Sul-Americana, Racing não conseguiu passar do empate como mandante contra o Platense. Foi um 1-1 com gosto de pouco. O gol rápido da equipe visitante, somado ao desgaste da Academia daquele jogo da quinta-feira passada, foram um combo complexo para os comandados de Gustavo Costas, que durante a primeira hora de jogo demonstraram sua superioridade em campo. Isso foi o que segurou a energia deles.
Quatro dias depois de terem desfrutado de um gol cedo, o futebol mostrou rapidamente outro lado para o Racing. Assim como Agustín Almendra marcou aos 13 segundos contra o Athletico Paranaense, agora não tinham passado 100 segundos e a Academia já sabia que o jogo contra o Platense seria uma rampa difícil de subir. Na verdade, eles já sabiam disso antes: as últimas três vezes que se enfrentaram terminaram com sorrisos para o Calamar. Duas vitórias do Marrón e um empate 0 a 0 que foi comemorado como uma vitória no estádio Vicente López. Agora já são quatro.
Bola no pé para Juanfer Quintero, seguido por Franco Minerva
Rodrigo Valle – Getty Images South America
Costas decidiu optar pelo quase o mesmo time que havia revertido o resultado na Copa Sul-Americana, com uma única mudança: o colombiano Roger Martínez não pôde entrar em campo devido a um desconforto no tornozelo esquerdo. E mais uma vez os de Avellaneda tiveram que lutar para reverter o resultado. Como aconteceu contra o Boca, como aconteceu contra o Paranaense.
O Racing pareceu saber jogar essa partida. Sem nervos, com a confiança de ter tirado a mochila simbólica que carregava o peso dos 27 anos sem chegar em uma semifinal continental, a equipe se sentiu confortável, apesar de começar em desvantagem quase desde o início do jogo, com o gol precoce de Guido Mainero, quando o Platense aproveitou as dúvidas locais em ambos laterais.
Taborda controla a bola, são observados por Salas e Rojas
Fotobaires
Cinco escanteios teve a Academia no primeiro tempo. Um sintoma de que o jogo foi disputado perto do gol visitante no início. O empate poderia ter chegado antes, mas em duas ocasiões não conseguiram aproveitar dois passes cruzados que pareciam ter destino de gol. No primeiro, depois de uma boa jogada na saída de uma falta entre Agustín Almendra e Juanfer Quintero, Vicente Taborda salvou na linha. No outro, após um cruzamento de Gastón Martirena, Maravilla Martínez não conseguiu empurrar para dentro do gol.
O que parecia fácil e não aconteceu, foi possível para Santiago Sosa vinte minutos depois, com um excelente chute de fora da área. O Platense entrou em campo em Avellaneda com Mateo Pellegrino como única referência, com Mainero, Vicente Taborda e Franco Minerva como chegadores. Com apenas uma referência na área, a habitual linha de cinco da Academia desta vez foi de quatro. Sosa se juntou à linha de meio-campistas, alguns metros à frente de sua posição habitual de líbero. Assim se explica sua presença na entrada da área do Calamar.
O jogador formado no River é um dos jogadores-chave que Gustavo Costas tem em seu elenco. Das 42 vezes que o Racing jogou no ano, ele faltou apenas três: uma por ter recebido cinco cartões amarelos, e as outras duas porque o treinador optou por uma equipe reserva. Sosa está sempre presente. Às vezes, até marca um gol, como também fez contra o Union, em seu jogo de número 50 na Primeira Divisão. Em sua partida número 70 ele voltou a marcar. Até o número 13, que nunca se cansa, teve que ser substituído a cinco minutos do final.
A Academia sentiu o desgaste do jogo da Copa da quinta-feira passada. Durante o primeiro tempo, com pernas e cabeça frescas, além do impulso pelo resultado adverso, tinha conseguido levar o Platense contra o seu gol. No segundo tempo, só conseguiu fazer isso no final, quando o Calamar decidiu se agarrar ao empate, depois que Mateo Pellegrino desperdiçou duas chances claras que poderiam ter significado a vitória visitante. Foi empate.