O jogador Carlos Tevez deixou o Independiente há cinco meses. Desde então, ele permaneceu em silêncio e manteve um perfil discreto. No entanto, nesta quarta-feira, o treinador passou pelo aeroporto de Ezeiza, onde encontrou a imprensa. E, sem rodeios, opinou de forma contundente sobre a situação do Boca Juniors e do Independiente.

Tevez, antes de viajar para jogar uma partida de exibição na Coreia ao lado de outras lendas do futebol, falou sobre a chegada de seu ex-companheiro Fernando Gago ao Boca e desejou tudo de melhor a ele. “Acredito que faz bem para o povo do Boca, espero que ele seja bem-sucedido”. Além disso, como muitos torcedores do Boca, ele se empolgou com a possibilidade do retorno de Leandro Paredes: “Como torcedor, quem não gostaria de ver o Leo no Boca. Seria muito bom vê-lo voltar e estar bem. O futebol argentino é muito difícil e se você não retornar bem, tem suas dificuldades”.

Quando questionado sobre a temporada decepcionante do Boca, que tem poucas chances na Liga Profissional, foi eliminado precocemente da Copa Sul-Americana e ainda não garantiu a classificação para a Copa Libertadores do próximo ano, Tevez expressou sua opinião de forma contundente. “É difícil opinar estando nesta posição, ainda mais sabendo que não concordo com quem está no comando. Eu estive lá quando jogávamos a Libertadores e não fazíamos um bom papel, e essa gestão nos criticava. Não quero fazer o mesmo”, afirmou o Apache.

Tevez também criticou os dirigentes do Independiente, dizendo que não foi valorizado pelo seu trabalho e insinuando possíveis problemas legais relacionados ao seu contrato. Na verdade, de acordo com o contrato, Tevez teria que pagar uma cláusula de rescisão se saísse antes do término do ano, mas o clube também lhe devia salários atrasados. A situação acabou em conflito entre as partes.

Assim, Carlos Tevez mostrou sua opinião forte e sincera sobre a situação dos clubes pelos quais passou, demonstrando seu caráter e sua postura crítica diante das circunstâncias.