Boca e o dilema do 9: Edinson Cavani ou Milton Giménez brigam por uma vaga na “final” com Vélez na Copa Argentina

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Um jogador marca um gol a cada dois jogos. O outro jogador comemora um gol a cada três jogos. Um deles retornou de uma suspensão disciplinar e mostrou mais sacrifício do que jogo no empate em 0 a 0 com o Huracán. O outro marcou o gol da vitória sobre o Unión e parece ser, atualmente, o favorito dos torcedores como camisa 9. Nesta quarta-feira, o Boca enfrenta o Vélez pela Copa Argentina e Fernando Gago ainda não decidiu quem será a referência na área contra a equipe de Gustavo Quinteros. O dilema? Perdoar definitivamente Edinson Cavani, capitão e referência da equipe, ou manter a confiança em Milton Giménez, o quarto artilheiro da Liga Profesional.

O empate sem gols no Ducó deixou sensações mistas na comissão técnica de Gago. Apesar de ter apostado em um time alternativo, a equipe somou um ponto contra um concorrente direto e se mantém na disputa por uma vaga nas copas. No entanto, o Boca faltou jogo coletivo e, em uma partida polêmica e acidentada, nenhuma das individualidades passou no teste.

Em seu retorno à titularidade, Cavani não teve chances de gol e ficou contrariado durante os 66 minutos em que permaneceu em campo. Brigou com o árbitro, com os adversários e até empurrou um gandula (depois se desculpou) que tentava atrasar o jogo. Não foi sua noite, mas também não foi a noite do Boca, que acertou apenas um chute no gol (de Lucas Janson) e somou um ponto que o afasta da briga na parte de cima da tabela. Cavani perdeu seus três duelos individuais e nem mesmo finalizou para fora.

Mesmo assim, o uruguaio participou desde o início de sete dos oito jogos no ciclo de Fernando Gago e só esteve ausente por questões disciplinares, já que chegou atrasado a uma palestra técnica e o treinador decidiu afastá-lo do jogo contra o Unión (entrou no segundo tempo). Nestes poucos jogos, marcou contra o Riestra, no empate em 1 a 1, e na goleada por 4 a 1 sobre o Godoy Cruz.

É importante que eles entendam e acreditem. A relação diária é fundamental para qualquer grupo de trabalho”, explicou Gago, embora negasse que houvesse um problema com o 10.

A verdade é que Cavani perdeu terreno na disputa pela posição e Milton Giménez aproveitou ao máximo sua oportunidade na equipe. Importante no ataque e na defesa, marcou de cabeça o gol do 1 a 0 e deu ao Boca três pontos fundamentais para se aproximar da zona de classificação para a Libertadores.

O robusto atacante xeneize é o quarto artilheiro da Liga Profesional com nove gols (três a menos que Brian Romero, do Vélez), dos quais três marcou no Banfield, durante a primeira metade do ano, e seis com a camisa do Boca. Sempre que teve a oportunidade, ele respondeu, embora com Gago no banco ele tenha jogado apenas uma partida como titular e o máximo que entrou em campo vindo do banco foram 45 minutos contra o Riestra.

O outro 9, Miguel Merentiel, está lesionado e é muito improvável que possa jogar contra o Vélez. O Time Boca voltou a treinar neste domingo em Ezeiza e na terça-feira viajará para enfrentar o Vélez. Em três treinos, o treinador deve definir o time que buscará a final da Copa Argentina contra o Central Córdoba de Santiago del Estero. Será que há a possibilidade de que Cavani e Milton compartilhem a frente? Não parece um cenário possível, pelo menos no início do jogo, levando em consideração que Gago nunca jogou com dois 9 e quando juntou Cavani com Merentiel, usou o ex-Godoy Cruz como armador ou como extremo pela esquerda.

Com diferentes características, um mais finalizador e outro mais voluntarioso, tanto Cavani quanto Giménez lutarão por um lugar no time para um jogo decisivo, que o Boca será obrigado a vencer para ficar a 90 minutos de um título e acariciar a classificação para a Libertadores de 2025. O time voltará a treinar na segunda-feira e na terça-feira será o treino de futebol em que Gago definirá a equipe que está prestes a jogar em Córdoba.

A outra dúvida é na lateral esquerda, já que Marcelo Saracchi voltou lesionado das partidas da FIFA com o Uruguai e Lautaro Blanco teve um desempenho muito abaixo do esperado em relação ao semestre passado. Frank Fabra, que reapareceu após 10 meses, também terminou com dores e será necessário observar sua evolução.

O resto da formação, a princípio, não sofreria grandes mudanças em relação ao time que venceu o Unión: Leandro Brey, Luis Advíncula, Nicolás Figal, Marcos Rojo e Lautaro Blanco; Ignacio Miramón, Tomás Belmonte e Guillermo Fernández; Exequiel Zeballos, Brian Aguirre e a dúvida no ataque: a história de Cavani ou o presente de Giménez.

Alex Barsa

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