Foi um daqueles jogos em que não havia margem para erro. Porque o Boca está encerrando o ano tão no limite que já não tem margem para erros, e um tropeço em Rosario teria sido fatal para suas chances de jogar a Copa Libertadores. Por isso, Fernando Gago destacou a vitória sobre o Newell’s por 1-0, desnecessariamente apertada, pois no desenvolvimento o Boca foi mais uma vez superior, mas não conseguiu converter em gols. No geral, o técnico falou não apenas sobre o que aconteceu em Rosario, mas também sobre o que precisa melhorar para 2025, onde as exigências serão maiores.
“Sinceramente, tivemos o controle do jogo. Sabíamos que poderíamos sofrer transições e talvez tenha faltado um pouco de paciência no primeiro tempo, que tivemos no segundo tempo”, disse o treinador do Boca. E acrescentou: “Após a vantagem, tivemos mais posse de bola. Tivemos mais controle do jogo após o 1 a 0 e, como gosto de jogar com alta pressão, isso gera desgaste, principalmente no final do ano”.
Em relação à situação de Pol Fernández, que foi anunciado como novo reforço do Botafogo, Gago comentou: “É uma situação normal. Pol tem um contrato com o clube e é muito profissional. Ele mostra isso em cada partida, fazendo o melhor para a equipe”.
Quanto ao Mundial de Clubes e aos adversários como Bayern Munich, Benfica e Auckland City, o técnico do Boca destacou: “Estar classificados para esse torneio é ótimo. Enfrentar grandes equipes, independentemente do grupo, é espetacular. Haverá tempo para analisar os rivais quando chegar a hora. A esse nível, todos os jogos são muito difíceis e tentaremos chegar à competição em boa forma, sem descuidar dos outros campeonatos que jogamos, como o nacional, a Copa Argentina e a Libertadores”.
Por fim, Gago ressaltou a importância da vitória sobre o Newell’s, ao mesmo tempo em que compartilhou os pontos a serem melhorados pela equipe: “Estou muito feliz com a vitória, pois traz muita tranquilidade para os jogadores. Mas estou sempre procurando melhorar. Talvez tenha faltado um pouco mais de coletividade, houve momentos em que pressionamos mal e eu quero que a equipe seja mais consistente nos 90 minutos”.
O Boca teve dificuldades para derrotar o Newell’s, que passa por uma grave crise e um dos piores anos do século. Apesar disso, o time foi superior até o gol de Zenón. Depois de abrir o placar, cedeu a posse de bola e a iniciativa, permitindo ao Newell’s crescer e sonhar com um empate injusto.
Sob o comando de Fernando Gago, o Boca atravessa uma boa fase, com apenas uma derrota nos últimos sete jogos e encadeando o quinto jogo seguido sem sofrer gols no campeonato local. A vitória alimenta a esperança de classificação para a Copa Libertadores do próximo ano, o que será realidade se o Huracán não derrotar o Platense nesta segunda-feira em Parque Patricios.