Com o encerramento da Liga Profissional, onde o Vélez foi coroado campeão depois de vencer o Huracán por 2 a 0 na última rodada em Liniers, o futebol argentino também definiu seus classificados para as competições internacionais do próximo ano. Havia muita expectativa, principalmente com River e Boca. O desfecho final teve surpresas e equipes que conseguiram uma classificação inédita. Assim, quando for sorteada a Copa Libertadores 2025, o “Argentina 1” será o Fortín. Enquanto o “Argentina 2” é o Estudiantes (Campeão da Copa da Liga) e o “Argentina 3” é o Central Córdoba de Santiago del Estero, que fez história ao ganhar a Copa Argentina. A eles se juntam o Talleres (“Argentina 4” e o que mais pontos conquistou na tabela anual entre as equipes que não venceram títulos), o River (que será o “Argentina 5” e se classificou direto para a fase de grupos) e o Boca, que sofreu até o último momento, mas conseguiu o sexto lugar na tabela anual, garantindo o lugar “Argentina 6” e a vaga no playoff da competição que mais o obsediará, após um ano assistindo pela televisão. O Racing é o sétimo representante argentino na Copa Libertadores. É algo incomum, pois a Academia venceu a Copa Sul-Americana, que além do troféu e do prêmio em dinheiro, também garante uma vaga direta na fase de grupos do torneio continental mais importante a nível de clubes. A tensão vivida tanto por River quanto por Boca nesta última rodada para saber em que fase da Libertadores se classificariam é consequência do fraco ano que tiveram, que os impediu de vencer algum dos três campeonatos locais em disputa. O Milionário foi eliminado pelo Boca nas quartas de final da Copa da Liga. Pouco depois, o Temperley o surpreendeu e o eliminou da Copa Argentina nas oitavas de final. Por fim, quando parecia que estava se encaminhando bem no campeonato, aproveitando a queda do Vélez e se encaminhava para brigar pelo título até o final, tudo desmoronou como um castelo de cartas. Já o Boca caiu nas semifinais da Copa da Liga para o Estudiantes, a Copa Argentina era uma ilusão até a derrota por 4 a 3 contra o Vélez nas semifinais, e a Liga jamais foi uma opção devido a uma campanha muito ruim, principalmente durante a gestão de Diego Martínez como treinador. A chegada de Fernando Gago mudou a energia e o Xeneize encerra o ano com uma boa sequência (17 pontos dos últimos 21 possíveis nas últimas 7 rodadas). Marcou 9 gols e há um dado que o entusiasma, apesar de que em alguns momentos o nível de jogo deixou a desejar: o último gol que o time azul e amarelo sofreu foi o marcado pelo uruguaio Roberto Fernández para o Godoy Cruz, nos primeiros 2 minutos de jogo na Bombonera. Isso significa que Brey está há 628 minutos sem sofrer gol, embora isso não signifique segurança. Isso foi observado até mesmo na última partida contra o Independiente (0 a 0) na Bombonera, neste sábado. Embora não tenha sofrido gol, falhou muito, principalmente nos cruzamentos e bolas aéreas. Os defensores também não conseguiram se firmar, devido a lesões e atuações fracas. Em relação à Copa Sul-Americana, os seis classificados do país campeão do mundo são Huracán, Independiente, Godoy Cruz e Unión de Santa Fe, que já tinham garantido suas vagas, além de Lanús (que encerrou o ano com um empate em 3 a 3 com o Barracas Central na última partida de Ricardo Zielinski) e o Defensa y Justicia. O grande ausente entre os classificados foi o San Lorenzo. A euforia causada pelo início do ciclo de Miguel Ángel Russo (três vitórias e um empate) se dissipou com o tempo. De fato, o Ciclón encerrou o ano com uma pontuação lamentável: apenas 1 dos últimos 15 pontos, resultado de quatro derrotas (Racing, Belgrano, Argentinos e Tigre) e apenas um empate (1 a 1 com o River no Monumental). Com apenas 29 pontos em 81 possíveis, a equipe de Boedo terminou 2024 na 24ª posição entre 28 equipes, uma campanha para ser esquecida, onde o único aspecto positivo foi a suspensão dos rebaixamentos, o que lhes permitiu evitar um final de ano ainda mais complicado em meio a um clima turbulento.