Enzo Fernández está em uma ótimo momento no Chelsea depois de um começo cheio de desafios desde sua chegada ao futebol inglês. O meio-campista refletiu sobre isso e os desafios que enfrentou em seus primeiros meses em Londres, seu crescimento futebolístico e a ansiedade que sente ao disputar o Mundial de Clubes 2025, com a possibilidade de um reencontro muito especial: enfrentar o River Plate, clube onde iniciou sua carreira e ao qual ainda é emocionalmente ligado.
Quando Enzo desembarcou em Stamford Bridge em janeiro de 2023, ele chegou como campeão do mundo e com o título inesperado de contratação mais cara da história do Chelsea. No entanto, essa etiqueta nunca o pressionou. “Não me afetou ser a contratação mais cara. Tentei assumir com responsabilidade, aproveitar, sem pressão”.
Apesar de seu otimismo, a realidade que encontrou no clube londrino não foi fácil. “Quando cheguei foi muito difícil, o primeiro ano e meio aqui: mudanças de treinadores, o clube não estava bem, lesões pessoais. Consegui superar e estamos fazendo as coisas muito bem”, disse Enzo em uma entrevista à ESPN, deixando claro que seu baixo desempenho inicial foi consequência de um contexto adverso mais do que uma falta de esforço.
Um dos principais problemas foi a falta de continuidade. Em sua primeira temporada, o Chelsea teve três treinadores diferentes, o que complicou a estabilidade da equipe. Além disso, a nível pessoal, Enzo enfrentou problemas físicos que influenciaram seu desempenho: “Não me sentia muito bem fisicamente, não tive uma boa pré-temporada, com a Copa América, poucas férias… foi um conjunto de coisas”, explicou.
Com a chegada de Enzo Maresca ao banco de reservas, o meio-campista argentino começou a encontrar seu lugar na equipe e a recuperar seu nível. “Ele foi me explicando o que queria e comecei a entender o conceito, lendo os jogos. Foi questão de tempo, pegar a ideia do treinador e me adaptar à posição que ele pedia”, detalhou.
Hoje, Fernández se destaca não apenas por sua capacidade de recuperação e visão de jogo, mas também por sua contribuição no ataque: marcou três gols em 16 jogos da Premier League e foi peça fundamental no ressurgimento de um Chelsea que agora luta pelo título em uma liga altamente competitiva.
“A nível pessoal, estou me sentindo muito bem, a equipe demonstrou um caráter muito forte, sempre trabalhando com humildade. Ainda há muito caminho a percorrer”, refletiu.
Além disso, ele destacou sua alegria ao ver que a equipe responde coletivamente: “Sempre fico feliz quando a equipe joga bem e vence. Obviamente gosto de marcar gols e dar assistências, mas quando a equipe joga bem e o que o treinador pede sai perfeito, vou para casa feliz”.
A possibilidade de enfrentar o River Plate
Em 2025, o Chelsea será um dos participantes do renovado Mundial de Clubes, um torneio que reunirá os melhores times do planeta. Embora na Europa muitos jogadores tenham criticado a realização do torneio pelo desgaste físico que implica, Enzo Fernández não esconde sua empolgação: “É um torneio muito importante, é levado com muita responsabilidade. Estou muito animado que ele seja disputado e de poder conquistar esse título”.
No entanto, o que mais o motiva é a possibilidade de enfrentar o River Plate, clube que o formou e que ainda ocupa um lugar especial em seu coração. “Eu queria enfrentar o River”, confessou com um sorriso. Embora o reencontro não ocorra na fase de grupos, Enzo espera cruzar com seu antigo time mais tarde no torneio: “Espero poder enfrentá-los nas oitavas e abraçá-los a todos. Sinto muita falta desses momentos”.
Enzo reconhece que seria uma experiência agridoce enfrentar o clube que o viu nascer como jogador de futebol: “Serão sentimentos mistos. É um grande torneio e esperamos que os dois tenham sucesso”.