A personagem de Kieran Culkin, Benji, carrega em sua mochila pouca roupa, mas muita carga emocional. Ele embarca em uma jornada rumo à profundidade de seus ancestrais ao lado de seu primo, interpretado por Jesse Eisenberg. Ambos estão na casa dos 40 anos e estão na Polônia cumprindo o desejo de sua avó, que antes de morrer, pagou suas passagens para que explorassem essa terra tão própria e ao mesmo tempo tão estrangeira: estão na terra dos milagres daqueles que sobreviveram ao Holocausto e das milhões de vidas que sucumbiram ao horror.
Uma das cenas mais emocionantes acontece durante a visita ao campo de concentração de Majdanek. Jesse Eisenberg comentou que “as cenas deste campo de concentração não foram vistas em nenhum filme sobre o Holocausto. Mas minha própria família é originária daqui”.
A reunião começa no Aeroporto J.F. Kennedy em Nova York. De lá, voam para o aeroporto internacional que homenageia o compositor polonês Fréderic Chopin, em Varsóvia, para iniciar uma viagem à memória emocional, onde cruzarão pontes, passarão por campos de concentração, comprarão lembranças em feiras e molharão os pés em praças emblemáticas.
Entre as primeiras paradas, o Monumento ao Levante dedicado aos combatentes judeus que se levantaram contra os nazistas durante o Levante de Varsóvia de 1944. Localizado na Praça Krasiński, no distrito Śródmieście, é reconhecido como o mais importante do pós-guerra da cidade. Além disso, há o Monumento aos Heróis do Gueto, uma estrutura de 11 metros de altura construída em 1948 com materiais antigos de monumentos nazistas.
O antigo cemitério judeu de Lublin, outra das locações do filme candidato ao Oscar.
A próxima parada é a Praça Grzybów, que também fez parte do gueto, onde hoje se ergue o novo Teatro Judeu. A sinagoga Nożyk, uma das paradas da jornada, é a única sinagoga que resistiu aos tempos do Holocausto.
A história do filme é uma desculpa para nos imergirmos em um circuito pelo passado e presente dessas cidades que testemunharam feridas indeléveis, que ainda estão abertas.