A vice-chefe de Governo da cidade de Buenos Aires, Clara Muzzio, respondeu às críticas da presidente do bloco da Liberdade Avança (LLA), Pilar Ramírez, que apontou o ministro da Segurança da cidade, Waldo Wolff, pela gestão de sua pasta. A companheira de chapa de Jorge Macri afirmou que a “prioridade nº 1 para o ministro” é garantir a proteção dos cidadãos e que mais de 17% do orçamento da Capital Federal está destinado à área de segurança.
Neste domingo, na Rádio Rivadavia, Ramírez apelidou Wolff de “ministro da insegurança” e o acusou de não cumprir adequadamente o seu papel: “Um ministro que deixa escapar presos todos os dias e que está mais interessado em ver como é avaliado [nas pesquisas eleitorais], não está à altura de ser ministro da Segurança. Se não fosse por Jorge Macri, estaria em casa. Que fique em casa e nos faça bem, nós, portenhos.”
Muzzio afirmou que a prioridade nº 1 de Wolff é combater a insegurança. Em resposta ao comentário, Muzzio afirmou que a libertária costuma fazer esse tipo de “provocação política”. “Me surpreende que alguém que representa a Liberdade Avança possa ter esse comentário desrespeitoso em relação a um ministro que todos os dias propõe diálogos com a província e também com a Nação”, bradou.
Além disso, sobre as fugas frequentes de presos na Cidade, ela apontou que são resultado da superlotação carcerária nas delegacias e cadeias: “Estamos prendendo mais presos. 35% a mais. Quanto melhor Wolff e a polícia da Cidade fazem seu trabalho, mais presos e mais superlotação carcerária há”. Segundo ela, dos mais de 2400 encarcerados, mais de 400 têm uma condenação firme que pertence ao sistema penitenciário nacional.
Assim, Muzzio referiu-se à resolução do Juzgado de Primeira Instância em Matéria Penal Contravencional e de Faltas nº 23, que neste fim de semana se pronunciou sobre um habeas corpus coletivo apresentado pela Defensoria do Povo da Cidade e ordenou o traslado imediato dos presos para prisões federais. “As delegacias da Cidade não estão preparadas para manter os presos e os policiais precisam estar nas ruas cuidando dos moradores e não dos bandidos”, afirmou a governante.
A funcionária indicou que, além de transferir os presos com condenação firme, a ideia é reforçar a vigilância das cadeias: “Os policiais não são agentes penitenciários. A polícia da Cidade é a melhor do país, está aqui para proteger os moradores”.
“Acredito que devemos evitar esse tipo de provocação, que a segurança deve ser para todos. Os cidadãos de Buenos Aires e da Província de Buenos Aires devem sair de casa com segurança, sem medo. A polícia da Cidade tem policiais caídos que estão lutando contra a insegurança na província”, continuou a vice-chefe, e afirmou: “Defendo e ratifico o trabalho de Wolff”.
Por outro lado, disse que Wolff “está fazendo um trabalho muito responsável” e, em relação às eleições para legisladores de 18 de maio próximo, ele é “um bom candidato para representar os interesses da Cidade”.