A foto que marcou o fechamento das listas em Buenos Aires, retratando a fragmentação política na cidade, começou a circular. Rumo às eleições de maio, os principais candidatos das diferentes forças políticas oficializaram suas campanhas, se mostraram no território, na Justiça ou em canais de streaming. O Pro, por exemplo, cuja hegemonia no distrito enfrenta um desafio sério nas urnas pela primeira vez, dividiu seus principais candidatos pelos diferentes bairros da cidade. Silvia Lospenatto, cabeça de lista, visitou comércios em Palermo; Hernán Lombardi, seu vice, se mostrou com militantes na Comuna 4, que abrange Barracas, La Boca, Nueva Pompeya e Parque Patricios; enquanto Rocío Figueroa percorreu Liniers, Mataderos e Parque Avellaneda. Por sua vez, o ex-ministro da Segurança, Waldo Wolff, caminhou e visitou comércios na Avenida Santa Fé, em Retiro. “Hoje estivemos em Palermo conversando com os vizinhos. Em cada conversa, uma ideia clara é repetida: este país se constrói com trabalho, coragem e vontade. E eles, com seu exemplo diário, o demonstram”, disse Lospenatto. “Estas são apenas uma das várias atividades que realizamos semanalmente para conhecer os problemas dos vizinhos e contribuir com soluções, e que se repetirão ao longo da campanha”, acrescentou o oficialismo de Buenos Aires. Essa atividade levou o partido de Mauricio Macri a ser denunciado na Justiça. A Coalición Cívica, que tem Paula Oliveto como candidata, levou a campanha para um terreno familiar e denunciou o Pro por uso indevido de recursos públicos para fins eleitorais. Como prova, a denúncia inclui várias publicações dos próprios candidatos. Em uma delas, vê-se Lospenatto passeando no ônibus turístico da cidade; em outra, Laura Alonso promovendo o Centro de Saúde e Ação Comunitária. “O conteúdo desta publicação claramente vincula uma atividade do governo da cidade com a candidatura de Lospenatto, o que constitui uma violação dos princípios de equidade na disputa eleitoral e uso indevido de recursos públicos para fins eleitorais”, diz a denúncia, que solicita ao Tribunal Eleitoral medidas preventivas e regulamentares em relação à propaganda institucional. Por sua vez, o radicalismo escolheu confrontar o ex-prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, e enfatizar sua mudança do Pro. A conselheira estudantil da Evolución, Lula Levy, que lidera a lista de legisladores, afirmou que Rodríguez Larreta é responsável por, segundo ela, uma cidade “dividida”. A lista da Evolución foi apresentada com Martín Lousteau e sua candidata, Lucille “Lula” Levy. “Há quase 20 anos ele é protagonista do governo da cidade, mas desconhece que Jorge Macri chegou lá por ele e age como se não o conhecesse. Larreta é responsável pelo fato de que, depois de muitos anos, continuemos com uma cidade do norte e uma cidade do sul”, disparou Levy em sua participação no streaming do programa Azzaro al Horno. Levy também criticou o porta-voz presidencial Manuel Adorni, a carta com a qual a Libertad Avanza pretende comprometer o Pro em seu bastião. “Dois dias atrás ele falava dos seguidores de Milei e agora é especialista na cidade. Acho estranho que agora seja um especialista na cidade e sua proposta de motosserra me preocupa muito”, acrescentou. O porta-voz presidencial também se envolveu totalmente na campanha com um ato na comuna 7. “A motosserra é eficiência, e eficiência significa mais dinheiro nos bolsos dos habitantes de Buenos Aires; isso significa cortar gastos desnecessários, redirecionar os fundos públicos para onde sejam úteis, queremos reduzir os impostos”, afirmou. Antes, ele havia criticado o partido de Macri. “Eles são um Nokia 1100 e nós um iPhone 16 Pro. Ambos servem para fazer ligações, a questão é que um deles ficou obsoleto”, disparou na A24. Por sua vez, Leandro Santoro, que almeja fazer uma eleição histórica em solo portenho, lançou hoje formalmente a campanha em um centro de idosos. “Precisamos de um novo contrato social, de uma Argentina onde seja absolutamente inaceitável que vocês tenham que passar pela situação de abandono que estão passando”, afirmou. “Quero que me acompanhem os peronistas, os radicais, os socialistas, os independentes com a bandeira da Argentina à frente”, incentivou. De acordo com os critérios de.