Leandro Santoro lançou a campanha portenha afastado da impressão peronista, com mensagens a Milei e a Macri

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A cor dos outdoors plotados é verde. Eles dizem: “É agora Buenos Aires”. Têm um símbolo como um coração formado pela letra S e apenas uma linha abaixo do azul antigo. Não há outras bandeiras além das argentinas. É a nova face do peronismo portenho, que decora este meio-dia de abril e outono no galpão de futebol do Clube Saber de Parque Chas, onde é feita a apresentação de Leandro Santoro, que encabeça a lista desse espaço para a eleição legislativa portenha. “Estamos dirigindo a campanha a partir da cidade de Buenos Aires”, diz o senador Mariano Recalde, histórico líder capitalino do kirchnerismo. Ele está confiante na chance de vitória e focado em ganhar essa eleição. Do outro lado, atomizado, com Silvia Lospennato, do Pro, e Manuel Adorni, da Liberdade Avança (LLA), liderando, agitam a possibilidade de que os K fiquem com a Cidade, tentando seduzir um eleitorado que tem se mostrado esquivo ao peronismo. As pesquisas indicam que Santoro é o primeiro em um terreno complexo para essa força opositora, que conseguiu unir a maioria das correntes por trás do radical inserido no entorno do kirchnerismo. Está tudo pronto. Mas é necessário não nos adiantarmos ao tempo, pois ele é tirano. No centro do campo de futebol, cinco cerâmicas foram deixadas para o candidato. Ao redor, cadeiras plásticas ocupadas em sua maioria por idosos de 48 bairros da Cidade que Santoro já visitou no último ano. Entram com bengalas, andadores, bonés, bonés de clubes, óculos pendurados no pescoço e posicionados. Um deles veio com a bandeira do Partido Justicialista. Outro grupo, já sentado, faz um sinal de vitória com os dedos para uma foto. Santoro entra com discrição, apesar de ser a figura principal desse ato e das arengas do locutor. O restante de sua lista se mistura entre as pessoas. O segundo mais aplaudido: Alejandro “Pitu” Salvatierra. “Queríamos estar com os idosos, pois são os mais prejudicados pelas políticas econômicas de Javier Milei e pelo abandono de Jorge Macri”, começa Santoro em seu discurso, situando-se politicamente. “Este período de abandono e crueldade tem os idosos como principais vítimas”, destaca, palavras que serão parte de sua linha nas próximas semanas. Acompanhado por idosos, Santoro cobra mudanças no país. Em determinado momento, o candidato questiona a repressão das forças federais durante as marchas dos idosos no Congresso. Ele chama a atenção para a necessidade de pensar no coletivo e buscar um equilíbrio entre mérito, sacrifício e responsabilidade social. Santoro destaca a importância de ser inclusivo em seu discurso. Ao finalizar, ele ressalta a luta contra o abandono e a crueldade em Buenos Aires. Ouvem-se ao fundo os acordes da música “O amor é mais forte”. Nada de marchas, nada de cantos, nada do símbolo que marcou sua campanha anterior. Em entrevista, Santoro evita se mostrar confiante e destaca que a eleição está equilibrada. Ele acredita que a definição ocorrerá nos últimos dez dias e ressalta a importância de sua atuação na cidade de Buenos Aires. Consciente de que ordenou o peronismo e da necessidade de ampliar sua base de apoio, Santoro critica seus adversários e enfatiza sua ligação com a cidade. Ele promete continuar lutando e estabelecer uma grande coalizão social para os próximos desafios.

Alex Barsa

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