Na próxima semana, celebraremos o centenário de uma aventura lendária que uniu grande parte do continente americano na década de 1920. Os festejos por essa incrível jornada acontecerão na estação Solanet, localizada a poucos quilômetros de Ayacucho, onde tudo começou.
Aimé Tschiffely era um suíço que decidiu empreender uma viagem a cavalo partindo de Buenos Aires até chegar a Nova York, passando por diversos países. Seu objetivo era utilizar exclusivamente cavalos crioulos argentinos para mostrar as qualidades desse tipo de cavalo mundialmente. Dr. Emílio Solanet, um estudioso e criador desses cavalos, forneceu a Aimé dois cavalos, Mancha e Gato, para a aventura.
Durante mais de três anos, a jornada dos três foi repleta de desafios, desde desertos peruanos até selvas tropicais da América Central. Aimé escreveu posteriormente o livro “Gato e Mancha, a odisseia de dois cavalos crioulos”, onde detalhou toda a viagem. Os cavalos crioulos mostraram sua resistência e adaptabilidade ao longo da jornada.
No final da aventura, Aimé, Mancha e Gato foram recebidos com muita festa em Nova York, onde foram homenageados e exibidos. Depois, retornaram a Buenos Aires, sendo recebidos com entusiasmo pelo público argentino. Os feitos desses três aventureiros marcaram profundamente a história do hipismo mundial.
Neste ano, comemoramos os cem anos dessa jornada histórica. Por isso, no sábado dia 26 de abril, na estação Solanet, próximo a Ayacucho, haverá uma grande celebração aberta ao público em homenagem a essa epopeia vivida por dois cavalos crioulos e um aventureiro suíço.