Copa Libertadores: o orgulho permitiu que Racing resgatasse um empate, com Barrios como eixo

  • Tempo de leitura:3 minutos de leitura

Um empate que permite reorganizar as ideias, devolve a calma e possibilita olhar para o futuro com otimismo. A comemoração agônica de Martín Barrios, após uma jogada que refletiu o quão difícil foi para o Racing gerar perigo, atacar com lucidez, levou a Academia a resgatar um ponto na visita ao Colo Colo, após o empate em 1 a 1, pela terceira rodada do Grupo E da Copa Libertadores. O orgulho em modificar a postura passiva que mostrou no primeiro tempo, as bandeiras e o prêmio de não sair de mãos vazias. Para sonhar em grande, o Racing precisa reagir: em 5 de maio, contra o Bucaramanga, na Colômbia, é a oportunidade de decolar. Os gritos dos jogadores, as ordens dos treinadores, o reclamo ao árbitro paraguaio Juan Benítez por algum erro que causou descontentamento… O estádio Monumental foi uma caixa de ressonância diante da ausência de público. “Um jogo dessas características e sem gente é horrível. Não deveria influenciar, embora às vezes o ambiente te leve a fazer mais”, comentou o diretor técnico Gustavo Costas antes do jogo. Para o Racing, jogar com portões fechados se tornou um hábito ruim: em sua estreia em Avellaneda, também jogou sem torcedores, depois que a Conmebol puniu o clube pelo uso excessivo de pirotecnia no recebimento do Corinthians, nas semifinais da Copa Sul-Americana de 2024. A razão que determinou o cenário em Santiago foi outra: a violência. “Por amor à nossa camiseta, por respeito aos nossos torcedores e a todos aqueles que hoje nos farão falta dentro de nosso amado estádio, é que deixaremos a vida”, escreveu nas redes sociais Arturo Vidal. O verdadeiro Racing se revelou como um enigma. O impulso por uma conquista internacional, que finalmente conseguiu com a Copa Sul-Americana, foi substituído pelo desejo de levantar a Copa Libertadores, mas o início da aventura teve uma reviravolta inesperada: da estreia com goleada sobre o Fortaleza, no Ceará, à derrota para o Bucaramanga, em Avellaneda. A queda acendeu o sinal de alerta, pois a equipe cometeu muitos erros e demonstrou fraquezas. Corrigir rapidamente era uma necessidade para que a jornada não se tornasse um sofrimento. A agenda de jogos é um desafio no início do ano para a Academia, que com 20 partidas é o clube argentino que mais jogou. A Recopa Sul-Americana, a Copa Libertadores, a Liga Profissional e a Copa Argentina, o pôquer no primeiro segmento do curso para Costas e seus comandados. Em conclusão, o Racing mostrou que apesar da confusão, tem argumentos para ser protagonista na Copa Libertadores.

Alex Barsa

Apaixonado por tecnologia, inovações e viagens. Compartilho minhas experiências, dicas e roteiros para ajudar na sua viagem. Junte-se a mim e prepare-se para se encantar com paisagens deslumbrantes, cultura vibrante e culinária deliciosa!