Sem espaço para mais nada. Nem a classificação para as quartas de final do Torneio de Abertura pôde deter a irritação da Bombonera. O Boca mais uma vez mostrou uma face muito distante do seu ideal, parecendo não estar à altura da ocasião, sofrendo demais contra o Lanús, mas conseguiu avançar na Liga graças aos pênaltis. Depois do 0 a 0 no tempo regular, venceu por 4 a 2 nas penalidades graças aos reflexos de Marchesin e a um chute que passou por cima do travessão. Os torcedores expressaram seu forte descontentamento com a equipe e a direção, levando o treinador, Mariano Herrón, a buscar aliviar a tensão aceitando as críticas vindas das arquibancadas. Herrón ficou no centro das atenções após a incômoda vitória nos pênaltis do Boca sobre o Lanús, e em uma breve coletiva de imprensa tentou ser conciso e sugeriu que concordava que a equipe mostrou um nível muito longe do ideal. O rendimento da equipe foi alvo de insultos dos torcedores, levando Herrón a abordar os gritos de reprovação vindos da Bombonera: “Entendemos a raiva, precisamos trabalhar para melhorar, mas entendemos que não tenham saído satisfeitos”. Em meio a tanta tensão, um dos jogadores mais reprovados pela torcida foi Alan Velasco, e naturalmente surgiram questionamentos a Herrón sobre o desempenho do volante do Boca. O treinador escolheu não ser muito extenso na coletiva de imprensa, mas fez questão de expressar algumas queixas sobre a arbitragem de Leandro Rey Hilfer. Assim que o árbitro apitou o final, a Bombonera voltou a explodir e, pela primeira vez, direcionou críticas à direção, liderada por Juan Román Riquelme. Após a celebração pela vitória nos pênaltis, o jogo continuou sendo disputado nas arquibancadas, com cantos contra a plateia e reclamações contra Riquelme.