No final de fevereiro passado, o chefe do governo da cidade, Jorge Macri, anunciou a construção de uma nova linha de metrô, a F, naquilo que seria a primeira obra do tipo em quase 20 anos. Segundo ele na época, a ideia é que o percurso conecte os bairros de Barracas com Palermo, e também as outras linhas (A, B, C, D e H), através de 11 estações e nove quilômetros de trajeto, e com o trem Roca. O foco em anunciar reformas no transporte urbano foi um ponto chave do governo da cidade, desde o início de seu mandato até mesmo quando estabeleceram o desdobramento das eleições legislativas.
O anúncio da notícia gerou imediatamente posições divergentes entre os entusiastas que o receberam com alegria e os mais críticos que o viram como apenas uma propaganda pré-eleitoral. Emojis de aplausos, corações e comentários como “Vivo em Barracas há 20 anos e sempre esperei que o metrô chegasse até aqui”, por exemplo, se misturaram com críticas: “Propaganda barata para um governo barato”, “Muita publicidade por enquanto… “, entre outros. Até mesmo as ruas foram tomadas por cartazes, e alguns começaram a falar de um governo de “renders”. Waldo Wolff, ex-ministro da Segurança da cidade, referiu-se a essa polêmica em uma entrevista ao Futurock no início deste mês, afirmando: “Vamos anunciar isso e vamos fazer como sempre fizemos. Não existe ainda, mas precisamos anunciar para mostrar… uma obra muito maior”. Neste contexto e pouco antes do último domingo, quando ocorreram as eleições legislativas, o Ministério da Infraestrutura da cidade deu um passo para concretizar aquele anúncio, ao abrir a manifestação de interesse nacional e internacional para a construção, design ou financiamento. Este processo tem como data de encerramento o dia 13 de junho.
Essa etapa inicial permitirá conhecer o real interesse do mercado pelo projeto e proporcionará às empresas informações e sugestões sobre o mesmo. No total, serão construídas 11 estações no trajeto de 9 quilômetros, que ligará Barracas a Palermo.