48 anos do golpe que instaurou última ditadura militar na Argentina são marcados por manifestações – Brasil de Fato
Em 24 de março de 1976, a Argentina foi tomada por um golpe militar que instaurou uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina. Quarenta e oito anos depois, o país ainda luta para superar as marcas desse período sombrio de sua história. No último domingo, dia 24 de março, milhares de argentinos saíram às ruas para relembrar as vítimas da ditadura e exigir justiça.
Índice
Manifestações em todo o país
As manifestações ocorreram em diversas cidades argentinas, como Buenos Aires, Córdoba, Rosário e Mendoza. Familiares de desaparecidos, organizações de direitos humanos e cidadãos comuns se uniram para relembrar as vítimas e pedir que os responsáveis pelos crimes cometidos durante a ditadura sejam punidos.
Em Buenos Aires, a marcha principal começou na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino. Milhares de pessoas carregavam fotos de seus entes queridos desaparecidos e cartazes com frases como “Nunca Mais” e “Justiça”. O clima era de emoção e indignação.
Memória e justiça
Após o golpe militar, a Argentina viveu um período de repressão e violência. Milhares de pessoas foram presas, torturadas e assassinadas pelo regime. Estima-se que mais de 30 mil argentinos tenham sido vítimas da ditadura.
Desde o retorno à democracia, em 1983, a Argentina tem buscado enfrentar seu passado sombrio e garantir que os crimes cometidos durante a ditadura não sejam esquecidos. Foram criados espaços de memória, como o Museu da Memória, em Buenos Aires, e foram realizados julgamentos de militares e agentes do Estado envolvidos em violações dos direitos humanos.
No entanto, muitos argentinos ainda esperam por justiça. Muitos dos responsáveis pelos crimes cometidos durante a ditadura continuam impunes, e as famílias das vítimas lutam para encontrar os corpos de seus entes queridos e dar-lhes um enterro digno.
Viajar para Argentina
A Argentina é um país cheio de história e cultura, e uma viagem para lá pode ser uma oportunidade de conhecer mais sobre a ditadura militar e a luta por memória e justiça. Além de visitar o Museu da Memória, em Buenos Aires, os turistas podem conhecer outros locais relacionados ao período, como o Parque da Memória, onde estão homenageadas as vítimas da ditadura, e o ESMA, antigo centro de detenção e tortura.
Além disso, a Argentina oferece uma rica gastronomia, belas paisagens e uma vida cultural intensa. Buenos Aires, a capital do país, é conhecida como a “Paris da América Latina” e oferece uma infinidade de atrações, como o Teatro Colón, o bairro de San Telmo e a Casa Rosada.
Conclusão
O aniversário de 48 anos do golpe militar na Argentina foi marcado por manifestações em todo o país. Milhares de argentinos saíram às ruas para relembrar as vítimas da ditadura e exigir justiça. A luta por memória e justiça ainda é uma realidade na Argentina, e os turistas que viajam para o país têm a oportunidade de conhecer mais sobre esse período sombrio de sua história. A Argentina oferece uma rica cultura, belas paisagens e uma vida cultural intensa, tornando-se um destino turístico imperdível para quem deseja conhecer mais sobre a história e a luta por justiça do povo argentino.