A polêmica começou quando uma legisladora de União por Todos, María Bielli, tentou acessar a página do Ministério da Educação de Buenos Aires para verificar os conteúdos sobre Educação Sexual Integral (ESI) em diferentes níveis. No entanto, os conteúdos não estavam mais disponíveis, havendo apenas uma explicação oficial de que eles foram retirados para uma “revisão neutra”. A legisladora questionou nas redes sociais o significado dessa revisão. A pop-up que aparece ao acessar os conteúdos informa sobre a decisão de realizar uma revisão detalhada dos materiais de ESI. Não foram divulgadas informações oficiais até o momento pelo Ministério de Educação.

Outras fontes indicam que a revisão dos conteúdos será feita por uma equipe de especialistas consultados pela pasta educacional, sem revelar detalhes sobre quem serão esses consultores ou com base em quais parâmetros ocorrerá a análise. Além disso, há rumores de que a decisão política de revisão tenha sido tomada fora do ministério e próximo à Vicejefatura de Governo, liderada por Clara Muzzio. Muzzio tem compartilhado mensagens sobre o impacto social da baixa natalidade em cidades grandes, o que desencadeou polêmicas nas redes sociais.

Durante esse período de revisão, os materiais de ESI estarão inacessíveis na página do governo de Buenos Aires. A Educação Sexual Integral é um direito das crianças e adolescentes, conforme estabelecido por leis nacionais e locais, garantindo o acesso a informações sobre sexualidade de acordo com a idade. A ESI aborda diferentes dimensões da sexualidade, como a biológica, psicológica, sociocultural, jurídica e ética. Até então, em diferentes níveis de ensino, os conteúdos eram trabalhados de acordo com os temas pertinentes a cada faixa etária.