Alianza Lima vs Boca, pela Copa Libertadores: pontapé inicial para a obsessão xeneize, em que se joga prestígio, glória e dinheiro

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Como disse Juan Carlos Lorenzo, o primeiro dos três técnicos xeneizes a conquistar uma Copa Libertadores, “Boca é Esporte Ganhar Sempre”. O Toto repetia essa frase, dono de um estilo pragmático e focado nos resultados, às vezes beirando o regulamento, quando questionavam as formas com que suas equipes se destacavam sobre as demais. “Se querem brinquedos, vão até a loja de brinquedos”, reforçava o treinador. Após aqueles tempos de glória, Boca passou mais de duas décadas sem conquistar o troféu e hoje atravessa uma das piores fases de sua história sem alcançar o maior torneio continental. Com o passar dos anos, a dificuldade aumentou. Da mesma forma, a exigência e a pressão dos torcedores. Quase 18 anos após o último título, com Juan Román Riquelme como líder e um time que se impunha em todos os campos de igual para igual, o Boca iniciará sua participação em uma Copa Libertadores nesta terça-feira. Para conseguir o título, o Boca terá que superar duas etapas de repescagem e lutar até o final para acabar com a seca que já tirou mais de meia dúzia de treinadores do clube. Esta será a primeira vez em 65 anos que o Boca terá que disputar uma repescagem para garantir sua participação na fase de grupos da Libertadores. Os demais times argentinos terão acesso direto à fase inicial. Racing, Vélez, Estudiantes, Central Córdoba, Talleres e River conhecerão seus rivais em 17 de março e não poderão enfrentar uns aos outros. Boca, por outro lado, poderá cair em qualquer um dos oito grupos, pois virá de uma fase preliminar. O primeiro desafio para o Boca será o Alianza Lima de Néstor Gorosito, que vem de eliminar na Fase 1 e que nunca conseguiu vencer o Boca em seu estádio: somente um triunfo do clube da Ribera em 1966, com um gol de Ángel Clemente Rojas, e um empate sem gols na Copa de 2018. Atraídos pela presença de Riquelme que liderou a delegação, uma centena de fãs deu as boas-vindas à equipe xeneize em sua chegada ao hotel Hyatt. O pedido foi unânime: “neste terça, custe o que custar”. Mesmo sendo finalista em 2023, o Boca não conquista um título há quase dois anos e a obsessão pela Copa Libertadores só aumenta. No entanto, o Boca terá que lutar contra lesões. Nesta terça-feira, o treinador não terá à disposição vários jogadores importantes, como Sergio Romero, Nicolás Figal, Marcos Rojo, Ander Herrera, Tomás Belmonte, Edinson Cavani e Ignacio Miramón. A base do time titular conta com jogadores que consolidaram seu lugar devido às ausências e que estarão presentes no jogo no Peru. O fator econômico também será importante nesta nova jornada do Boca na Libertadores. Por esses dois jogos contra o Alianza Lima, o Boca receberá um milhão de dólares. Se avançar para a Fase 2, será mais 600 mil por partida. E se chegar à fase de grupos, será um milhão por compromisso. A pressão é grande e Boca terá que lutar até o final para buscar a tão desejada sétima Libertadores. Após o jogo em Lima, o Boca enfrentará o Aldosivi no sábado e se concentrará rapidamente no confronto de terça-feira seguinte contra o Alianza. Em casa, a Bombonera também é um fator importante, mas a série dura 180 minutos e o Boca não pode se dar ao luxo de desperdiçar os primeiros 90.

Alex Barsa

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