A empresária e influenciadora Michelle Imán Schmukler relatou em suas redes sociais um episódio violento de ódio e antissemitismo que sofreu em sua própria casa com um vizinho no sábado, e questionou a resposta policial após registrar a denúncia. “Estava deitada no quintal de minha casa e comecei a ouvir de lá alguém me chamando de ‘judia, judia, judia’. Agora ainda tem um filho judeu, que nojo”, gritou um homem que acabou por ser um vizinho de seu próprio prédio. Logo em seguida, o agressor arremessou um objeto de metal pela janela com a intenção de agredir tanto ela quanto seu bebê de oito meses. “Quando a polícia chegou, este vizinho assumiu os fatos e até lamentou por não ter acertado”, denunciou Schmukler, visivelmente indignada com a atitude dos policiais. Segundo informações de fontes locais de Segurança, foi colocada uma viatura no mesmo sábado à noite, que permanece em frente à residência da vítima, e também foi entregue um botão antipânico à família. Além disso, a denúncia já foi registrada e o incidente está sendo investigado pela Promotoria Penal Contravencional Nº 5, sob responsabilidade de Miguel Angel Ramón Kessler.
De acordo com fontes policiais, ontem foi colhido depoimento dos prejudicados e foram solicitadas imagens do objeto arremessado, informações da administração do prédio e medidas de proteção, bem como uma nota para retirar o botão antipânico. Hoje, o promotor determinou a realização de um relatório interdisciplinar, bem como um relatório socioambiental sobre o acusado e a declaração de todos os proprietários. O acusado, do qual a vítima também publicou uma imagem, concordou voluntariamente em ser levado por meios próprios ao Hospital Fernández, onde foi avaliado psiquiatricamente, acompanhado por uma escolta policial depois de ter sido informado das medidas tomadas. Segundo fontes policiais, por não ser obrigatório, o acusado saiu do hospital medicado e os pais se comprometeram a continuar com a administração dos medicamentos e levá-lo novamente amanhã.
A influenciadora compartilhou sua vida nas redes sociais. Instagram. “Agora eles estão sob proteção policial e, desde os primeiros momentos, contam com nosso acompanhamento constante”, acrescentou a DAIA hoje de manhã. “Estamos intervindo neste caso, no qual uma família foi vítima de uma grave agressão antissemita por parte de um vizinho do prédio”, disseram. Schmukler costuma compartilhar sua vida com o marido e filhos nas redes sociais, onde mostra suas viagens, suas refeições e seu cotidiano para seus mais de 20 mil seguidores no Instagram e 30 mil no TikTok. Além disso, é proprietária e criadora da marca de roupas Iman, que possui uma loja física na cidade de Buenos Aires. Recentemente, outro caso de antissemitismo viralizou, desta vez envolvendo um grupo de estudantes do último ano do ensino médio da escola Humanos, localizada em Canning, na zona sul da região metropolitana de Buenos Aires, que foram repudiados por cânticos ofensivos durante a viagem de formatura que compartilharam com alunos da ORT, uma instituição judaica privada. Os clamores antissemitas dos estudantes contra os alunos da ORT levaram a uma denúncia penal por atos discriminatórios contra a comunidade judaica.
O governo também denunciou a agência de viagens Baxter Viajes Express e seus coordenadores por incitarem esses cânticos antissemitas.