As imagens dos estragos deixados pela tempestade na cidade de Buenos Aires.

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Após semanas de calor extremo, com temperaturas próximas a 40°C, a cidade de Buenos Aires experimentou uma brusca mudança no clima. Durante a madrugada de terça-feira, uma tempestade com rajadas de vento de até 100 km/h atingiu diferentes bairros portenhos e a região metropolitana de Buenos Aires. O fenômeno deixou ruas alagadas, cortes de energia e árvores caídas. O vento provocou a queda de uma antena que atingiu o telhado de uma casa no bairro de Villa Luro.

O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) havia emitido alertas amarelos para tempestades fortes na região e, apesar da descida da temperatura, a tempestade trouxe novas complicações.

A queda das árvores cruzaram a rua e a imagem era impressionante: galhos cobriam a rua, fios estavam emaranhados e um carro havia ficado esmagado sob o peso do tronco.

Os comerciantes da região se depararam com a cena ao chegarem a seus negócios. “O local abriria às sete, mas eu chegava duas horas antes. Via como os carros vinham e se encontravam com a árvore”, disse um funcionário de uma pizzaria localizada a poucos metros do local. “Ligamos para o 147 para avisar, porque com a escuridão e a chuva poderia ocorrer qualquer acidente”, completou.

O estrondo da queda foi sentido a várias quadras de distância. Alguns vizinhos descreveram como “uma explosão”, outros como “uma bomba”. O episódio aumentou a preocupação com o estado das árvores na região. “Tínhamos medo toda vez que havia tempestade. Há muitas árvores velhas e com raízes fracas, qualquer vento forte poderia derrubá-las”, alertou um morador da quadra.

Os vizinhos já tinham alertado sobre o mau estado da árvore. “Havia dois avisos de que a árvore estava em mau estado. Colocaram o sinal e não fizeram nada”, disse outro morador, alertando que a situação poderia se repetir.

Os Bombeiros da Cidade iniciaram os operativos de emergência devido à tempestade durante a madrugada e informaram que foram registrados 82 acidentes devido aos fortes ventos, incluindo uma antena de vinte metros que estava em um terraço e caiu sobre dois prédios vizinhos em Villa Luro, uma árvore que caiu sobre um fio de eletricidade em Balvanera, um telhado de chapa que voou em Nueva Pompeya e um desprendimento de alvenaria de uma construção em andamento em Villa Lugano. Segundo as autoridades, todos ocorreram sem vítimas.

O Centro Único de Coordenação e Controle portenho atendeu durante a manhã 219 situações causadas pelas intensas rajadas de até 80 km/h, a maioria por galhos ou árvores caídas, fios cortados ou que ficaram pendurados. Na linha 147, por sua vez, foram recebidas mais de 5300 chamadas que foram direcionadas e resolvidas.

Em Aeroparque, por exemplo, foram registradas rajadas de 67 km/h, mas não houve alagamentos nas ruas e avenidas do distrito.

Além disso, houve cortes de ruas devido a árvores caídas em Álvarez Thomas, entre Elcano e 14 de Julio (Colegiales) e em Rivadavia e Bonorino (Flores). Nestes pontos, as equipes da Cidade trabalharam para normalizar a situação, conforme informado.

“Os serviços de emergência, Bombeiros, Defesa Civil, SAME, Polícia da Cidade e Agentes de Trânsito estão ativos e em alerta, e o SAME percorre preventivamente os bairros: não foram relatados feridos”, afirmaram as autoridades.

O fenômeno que começou perto das 5 da manhã e recuperou sua intensidade no final da manhã – com fortes rajadas, árvores caídas e telhados voando – durou até depois do meio-dia, quando a intensidade da chuva diminuiu para se tornar mais isolada.

O prefeito, Jorge Macri, disse: “As equipes trabalharam e já liberaram as ruas. Continuamos durante todo o dia enquanto durava o alerta”. Ele foi acompanhado pelo ministro de Espaço Público e Higiene Urbana, Ignacio Baistrocchi.

Apesar da chuva persistir de forma intermitente, as equipes de emergência trabalharam para desobstruir as ruas e garantir as áreas mais afetadas. Em diferentes bairros, ainda havia vestígios da tempestade: galhos caídos, árvores derrubadas e telhados danificados.

Em Nueva Pompeya, os trabalhos continuaram em Arturo Beruti e Cachi, onde uma chapa solta pelo vento ameaçava desabar sobre uma casa. Em Villa Lugano, a situação também foi controlada depois do desprendimento de alvenaria em Larraya 4300, que atingiu o telhado de uma casa vizinha.

Em Moreno, o temporal atingiu com força, deixando árvores caídas, ruas bloqueadas e residências afetadas.Entre os afetados estava Patricia, que sofreu a total destruição do telhado de chapa de sua casa em Antártida Argentina 890. A estrutura se soltou completamente e caiu sobre a casa ao lado, deixando seus ocupantes em alerta no meio da madrugada.

Alex Barsa

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