Faltando apenas três jogos para o final da temporada, River continua enfrentando um problema que tem alterado o rumo da equipe de Marcelo Gallardo desde seu retorno ao clube de Núñez: as lesões. Desde que o Muñeco assumiu em agosto, foram 18 diferentes problemas físicos em 12 jogadores que complicaram a formação titular. Um vai e vem constante para o treinador, que ainda aguarda a recuperação de Germán Pezzella, Marcos Acuña e Claudio Echeverri para a partida desta quarta-feira contra o San Lorenzo, no Monumental, e que na semana passada teve a baixa de Agustín Sant’Anna.
De acordo com a evolução de cada um, o departamento médico acredita que tanto Pezzella quanto Echeverri podem receber alta de seus respectivos problemas musculares para estarem disponíveis nesta terça-feira e fazerem parte do time na quarta-feira contra o San Lorenzo. Enquanto isso, Acuña pode ser poupado até domingo para completar sua recuperação de uma distensão no músculo posterior da coxa esquerda, lesão que o fez parar três vezes nos últimos dois meses.
Para o River, o clássico no meio da semana tem uma importância direta para o futuro: somar os três pontos como fez na última sexta-feira contra o Estudiantes em La Plata o deixaria a um passo de garantir vaga na Copa Libertadores 2025, objetivo mínimo da equipe no final do ano. “Temos nove pontos em jogo, se fizermos a matemática pura, penso que com mais quatro pontos estaríamos lá. Mas não quero fazer essa matemática porque entraria em um conformismo que não me agrada, por isso, pelo menos minha ideia e meu pensamento estão em conseguir os nove pontos em jogo”, afirmou Gallardo.
Sem falar publicamente sobre o mercado de transferências e a montagem do elenco para a próxima temporada, o certo é que o treinador do River, entre os lesionados e convocados para as seleções, só conseguiu repetir a escalação titular em duas ocasiões: jogaram os mesmos onze contra o Banfield (3-1) e Instituto (3-2), com a particularidade de que na semana do duelo contra o Banfield se somou Pezzella à extensa lista de ausentes que começou nos primeiros dias de agosto. Desde aqueles primeiros treinamentos em que Miguel Ángel Borja sofreu uma lesão muscular na coxa direita (em 8 de agosto), a má fase não parou.
A partir daí, entre agosto e setembro, a lista incluiu Rodrigo Aliendro com uma luxação no ombro esquerdo (em 25 de agosto); Ramiro Funes Mori com uma sinovite intermitente no joelho esquerdo; Agustín Sant’Anna com sinovite no joelho direito após sua operação de menisco em julho e uma recente lesão muscular no reto anterior direito (em 27 de novembro); Santiago Beltrán, terceiro goleiro do elenco, com uma ruptura de ligamentos do joelho esquerdo (em 15 de setembro); Maximiliano Meza com uma fadiga muscular no adutor esquerdo (em 17 de setembro) e uma dor no tornozelo esquerdo (em 24 de setembro).
Depois, em 6 de outubro, no empate em 0-0 com o Platense, ocorreram três complicações em uma mesma tarde para esquecer: Marcos Acuña sofreu uma distensão no isquiotibial esquerdo; Fabricio Bustos uma lesão muscular no sóleo direito; e Germán Pezzella uma microfratura na mastoide esquerda, que felizmente não foi grave e permitiu que ele jogasse pela seleção nas eliminatórias. Essa sequência de problemas antes do duelo com o Atlético Mineiro pelas semifinais da Copa Libertadores teve um desdobramento: Acuña voltou a jogar em 18 de outubro no empate 1-1 com o Vélez e em 23 do mesmo mês, no Brasil, teve tendinite no isquiotibial que o afetou durante os exercícios pré-competitivos e não pôde jogar na derrota por 0-3 para o Galo.
Na semana do jogo de volta (em 29 de outubro), Nacho Fernández teve uma distensão muscular no reto anterior da perna esquerda e em novembro Acuña sofreu novamente com uma distensão no isquiotibial, região que ainda está se recuperando para estar em plenas condições. Além disso, também se juntaram Enzo Díaz com uma hérnia inguinal pela qual foi operado em 12 de novembro (e em 5 de setembro o lateral tinha sofrido uma distensão muscular no adutor esquerdo). E recentemente o Diablito Echeverri com uma lesão muscular no isquiotibial esquerdo em Mendoza (em 21 de novembro).
“Eu preciso começar o ano. Quando este acabar, e a partir do próximo ano, vou me sentir pleno porque terei a possibilidade de trabalhar como gosto. Com a mentalidade que eu quero, que os times com os quais costumo trabalhar impõem. Maior fluidez no jogo. Estamos no final do ano e temos que chegar como der. Vou estar satisfeito em começar um ano com esperanças renovadas e com outra energia. Sou muito otimista para o próximo ano”, afirmou Gallardo na última sexta-feira. River precisa virar a página e recomeçar depois de um 2024 com muitos obstáculos no caminho.