Até 30 dias de prisão. Jorge Macri enviou à Legislatura portenha um projeto para endurecer as penas contra os “trapitos”

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O Chefe do governo da cidade de Buenos Aires, Jorge Macri, enviou à Legislatura portenha um projeto de lei para endurecer as sanções contra os “flanelinhas”. Trata-se de um projeto de modificação do Código Contravencional da Cidade que prevê, dentre outras medidas, até 30 dias de prisão, até 45 dias de trabalhos comunitários e multas.

“Vamos acabar com a máfia dos flanelinhas. Eles se acham donos da rua: extorquem, pressionam e roubam. Chega, aqui acabou o negócio deles”, afirmou Macri.

O projeto estabelece que aquela pessoa que, sem autorização legal, oferecer ou prestar serviços de estacionamento, guarda de carros ou limpeza de vidros na rua, será punida com 5 a 30 dias de prisão, 10 a 45 dias de trabalhos comunitários, ou multa de 800 a 4000 unidades fixas, calculadas com base no preço do litro de gasolina.

Além disso, serão aplicadas sanções de proibição de aproximação e/ou interdição do local onde a contravenção foi cometida.

No caso de contravenções ocorrerem nas proximidades de grandes parques ou a até 30 quadras de um evento esportivo ou artístico massivo, a pena será de 10 a 45 dias de prisão, podendo chegar a 60 dias para os chefes, coordenadores, organizadores e/ou promotores.

Se ficar comprovada a participação direta ou indireta de pessoas ligadas a um clube, instituição ou organizador, a entidade será multada em 5000 a 20.000 unidades fixas e suas instalações poderão ser fechadas de 15 a 60 dias, sem prejuízo da responsabilidade dos autores materiais.

O projeto busca reforçar a proteção do espaço público, endurecendo as punições previstas para os tipos contravencionais estabelecidos nos artigos 91 e 92 do Capítulo II, intitulado “Uso do espaço público e privado”.

O objetivo é prevenir e punir a conduta dos chamados flanelinhas, cuja atividade prejudica os moradores e afeta os espaços públicos onde atuam. Estas situações se agravam quando ocorrem em eventos esportivos ou artísticos de grande público ou em locais públicos de uso generalizado.

Além disso, e com o mesmo objetivo de reforçar a proteção dos espaços onde ocorrem as condutas ilícitas, também serão impostas as sanções de “proibição de aproximação” e “interdição do local” onde a contravenção foi cometida.

Em Mar del Plata também, o prefeito de General Pueyrredón, Guillermo Montenegro, quer combater os flanelinhas que, principalmente no verão e nos fins de semana prolongados, se apossam das ruas de Mar del Plata. Com esse objetivo, ele saiu em busca de mais pessoal para reforçar a patrulha municipal. E uma das características requeridas para os candidatos chamou a atenção: o prefeito afirmou que “ter conhecimentos em artes marciais e técnicas de combate corpo a corpo pode ser útil”. Em suas redes sociais ele acrescentou: “Temos que estar unidos na luta contra as máfias e os extorsionistas”.

Através de um vídeo gravado em primeiro plano, Montenegro tornou pública a busca por pessoal interessado em integrar o corpo da força local. “Este é um esquadrão que se posiciona nas ruas para fazer cumprir as regras e colocar um freio naqueles que fazem negócios com a desordem e se acham donos das ruas”, sentenciou.

Nos últimos meses, o prefeito tem endurecido seu discurso em relação às pessoas que vivem nas ruas, com foco especial nos flanelinhas ou limpadores de vidros, atividades que são proibidas por uma ordenança municipal.

Alex Barsa

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