Foi um ponto final para ambos. Para o Boca, que desperdiçou a oportunidade de se aproximar da zona de classificação para a Copa Libertadores. E também para o Huracán, que deixou escapar a chance de subir ao topo da Liga Profesional a três jogos do final da temporada. Um jogo chato e mal jogado que não deixou satisfeito nenhum dos dois treinadores. O 0-0, no final das contas, os definiu.
Apesar da vitória sobre o Unión ter sido um impulso para o Boca, Gago priorizou a semifinal com o Vélez e optou por um time alternativo para enfrentar o vice-líder do campeonato. Mesmo com a conquista do Racing garantindo uma vaga na tabela anual, o técnico preferiu preservar a maioria dos titulares visando a semifinal da Copa Argentina contra o Vélez, nesta quarta-feira em Córdoba, o caminho mais curto para garantir a vaga na Libertadores. Romero foi titular, Fabra voltou, Cavani retornou após suspensão disciplinar. Apenas cinco jogadores se repetiram em relação ao jogo contra o Unión. Para o Huracán, no entanto, a situação era de quase desespero. Uma vitória o colocaria temporariamente na liderança da Liga (com um jogo a mais) e ultrapassaria o Boca na luta por uma vaga nas copas. No entanto, em campo, não houve diferença entre titulares e reservas. A carga emocional do jogo prejudicou o desempenho de ambos. O Boca tentou assumir a iniciativa, mas não soube aproveitar os espaços cedidos pelo Huracán. Foi um jogo sem emoções, onde nenhum dos times conseguiu se destacar. Boca foi sólido na defesa, mas ineficaz no ataque. Huracán se impôs com força e determinação, mas teve poucas chances claras de gol. O empate não foi bom para nenhum dos dois times, que ficaram longe de suas melhores atuações. A partida terminou de forma melancólica, sem emoções e com um resultado que não satisfez a ninguém.