‘Boca, no divã da desconfiança: jogador distante do seu treinador ideal, olhares desconfiados e líderes ausentes’

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O que acontece com Guillermo Fernández é um resumo perfeito do combo de desconfiança que reina no Boca. Pol é um dos capitães da equipe, até agora incontestável para Diego Martínez e “o mais inteligente do futebol argentino”, segundo a avaliação de Juan Román Riquelme. Mas faz tempo que ele quer sair: ainda não explicou os motivos, mas ele mesmo confirmou que disse ao Conselho de Futebol em maio passado, repetiu em agosto e lembrou na véspera do clássico com o Racing. Não haverá Fernández na Ribera em 2025.

A equação não fecha por mais que todas as partes encontrem respostas lógicas (até agora não as deram). Mas se o jogador mais valorizado pelo presidente e pelo treinador, que também surgiu das categorias de base do clube, não pensa mais em ser volante do Boca em 2025, quando a equipe ainda terá objetivos importantes em 2024, o que resta para os reforços recém-chegados ou para aqueles jogadores que pretendem se firmar na equipe principal, subindo das categorias de base ou vindo de outros clubes? Pol Fernández tem o direito de seguir sua carreira onde desejar, o que não se entende é que, mesmo após uma janela de transferências muito ativa por parte dos dirigentes, continue tendo um papel tão importante e jogando em uma posição que não é a sua: volante central.

Esta pequena história é a ponta do iceberg para tentar compreender todos os outros componentes futebolísticos que contribuem para o que o Boca continua sendo: uma equipe de meio de tabela, com desempenhos individuais e coletivos para vencer, empatar ou perder, mas não para triunfar com frequência.

Na realidade, o que impede o Boca de vencer com frequência é a continuidade de um jogo, de uma equipe que vá além das boas intenções. E o que se viu contra o Racing (e nos últimos cinco jogos) mostra que, quanto mais o tempo passa, menos Diego Martínez parece confiar nos jogadores que tem à disposição.

A formação do time é impactada diretamente pelos principais referentes da equipe: Sergio Romero, Marcos Rojo, o mencionado Pol Fernández, Miguel Merentiel e Edinson Cavani. Medel está lesionado agora, mas apenas Merentiel – também com altos e baixos – mantém seu status. Chiquito parece carente de confiança não apenas para sair jogando de trás, mas também para sair nas bolas aéreas.

Alex Barsa

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