Boca venceu o Union e, aos poucos, a ideia de Fernando Gago pega em uma equipe que começa a saborear vitórias

  • Tempo de leitura:4 minutos de leitura

A ideia, aos poucos, começa a se firmar. E quando os resultados acompanham, tudo parece mais simples. Boca já não é mais aquele time melancólico e despedaçado que vagueava pelo campo no final da era de Diego Martínez. O de Fernando Gago é um time que sabe jogar e joga aquilo que sabe fazer. Pelo menos às vezes, como naquele início voraz do primeiro tempo que foi o suficiente para voltar a vencer em casa pela Liga Profissional e, aguardando o duelo decisivo contra o Vélez pela Copa Argentina, se juntou à briga no topo da tabela geral. Com o 1-0 sobre o Unión, conquistou a terceira vitória consecutiva e se posicionou em quinto lugar na temporada, ainda na zona de classificação para a Sul-Americana, mas muito mais perto do objetivo central: a vaga na Copa Libertadores. Sem Edinson Cavani, o artilheiro foi Milton Giménez, que marcou seu nono gol no campeonato (quinto pelo Boca, após os quatro pelo Banfield).

Intensidade, velocidade, bom controle de bola e verticalidade nos últimos metros. Tudo isso foi visto nos primeiros 15 minutos de um Boca eficaz que marcou em sua primeira chance clara. Exequiel Zeballos driblou Lautaro Vargas pela esquerda, superou a marcação de Franco Pardo e cruzou perfeitamente para Giménez cabecear para o gol.

Kevin Zenón se recuperou de uma lesão, mas como extremo pela direita não teve bom desempenho contra seu antigo clube, o Unión; o número 22 precisa voltar ao nível que apresentou no início de sua passagem pelo Boca. Boca continuou pressionando o Unión em seu campo e não o deixou pensar. A equipe tatengue, que também precisava vencer para subir na tabela geral (ambas com 56 pontos), demorou quase 30 minutos para chutar ao gol do arqueiro Leandro Brey. Mesmo assim, o Boca não aproveitou o bom momento. Dominou o jogo, mas não o placar. E assim como pressionou no final do primeiro tempo (ótima defesa do uruguaio Thiago Cardozo em um cabeceio de Tomás Belmonte), ficou sem fôlego no segundo tempo.

Com Kevin Zenon recuperado, Gago apostou novamente no 4-3-3, com o ex-jogador do Unión atuando como extremo pela direita. Mas o número 10 não teve uma boa noite e o Boca caiu em um buraco na metade do segundo tempo. Porque o Unión desfez sua linha defensiva de cinco e começou a pressionar na frente. Porque o Boca, apesar de estar sólido na defesa, precisava criar mais oportunidades para ampliar a vantagem e evitar a reação do adversário. Porque Zeballos, o melhor do primeiro tempo, também ficou sem energia. E porque as substituições não foram bem sucedidas para uma equipe que continuou tentando, mas sem a organização e fluidez dos minutos iniciais.

Apesar da postura exaltada de Gago, o Boca recuou perigosamente para sua área e o time de Santa Fé, com espaço, criou as chances mais claras no final da partida. Um chute de Adrián Balboa passou rente ao travessão. E logo em seguida, Marcos Rojo deixou Lucas Gamba cara a cara com o gol, mas o chute do atacante foi muito próximo do poste direito.

O Boca sofreu mais do que o esperado, mas terminou comemorando uma vitória justa que significa mais do que três pontos nesta reta final da temporada. Após sete meses, conquistou três vitórias consecutivas e tirou proveito das derrotas do Godoy Cruz e Huracán para entrar de vez na briga por vagas nas competições. Embora a meta principal ainda seja a semifinal da Copa Argentina contra o Vélez (quarta-feira, em Córdoba), o Boca de Gago está lutando também na Liga e, com uma ideia de jogo que começa a se formar, já está saboreando as vitórias. A Bombonera aplaudiu o desempenho do primeiro tempo e a dedicação do segundo, que por vezes não foi suficiente. Mesmo assim, o Boca comemorou. E ninguém tira a esperança da equipe.

Alex Barsa

Apaixonado por tecnologia, inovações e viagens. Compartilho minhas experiências, dicas e roteiros para ajudar na sua viagem. Junte-se a mim e prepare-se para se encantar com paisagens deslumbrantes, cultura vibrante e culinária deliciosa!