Em 1904, o governo argentino enviou uma delegação de tehuelches Aönik’enk para a Feira Internacional de Saint Louis, em Missouri, EUA, da tribo de José María Mulato “Chümjal(u)wüm”, filho do célebre cacique Casimiro Fourmantin “Biguá”. Em retorno ao país, um dos membros, Äwaik, desapareceu de forma misteriosa e seu rastro foi perdido na cidade grande. Nunca mais se teve notícias dele. Em 1962, o professor Rodolfo Casamiquela mostrou a Josefa “Temman”, irmã de Bonifacio, uma das fotos tiradas pelo etnólogo alemão Lehmann-Nitsche logo após sua exposição nos EUA e perguntou se ela o reconhecia, ao que ela respondeu que ele era seu irmão e perguntou onde ele estava.
Em maio de 1890, Henri Rousson e Polydore Willems, comissionados franceses, atracaram em Punta Arenas para realizar um levantamento da região. Rousson descreveu a cidade como um local onde os Patagones vinham para trocar produtos de caça por alimentos e outros produtos. Após finalizarem sua missão, tiveram um confronto com os nativos. As crônicas dessa viagem foram publicadas por Rousson em “Voyage à la Terre de Feu”. A região era habitada por diferentes etnias indígenas, como os tehuelches septentrionais, puelches e outros, que foram expostos à exploração de latifundiários ganaderos.
Os indígenas tehuelches, como Manuela Casimiro, enfrentaram diversas pressões e conflitos com a chegada dos europeus, sendo submetidos a processos de aculturação e violência. A cultura e os rituais dos povos indígenas, como a cerimônia do Hain dos Shelk’nam, eram importantes para manter suas tradições e resistir à colonização. Os registros fotográficos desse período são importantes para compreender a história e a cultura desses povos.
A exploração e a exploração dos povos indígenas, como os chorotes, refletem a exploração e a escravização a que eram submetidos durante os processos de colonização. A preservação das culturas e identidades indígenas, apesar das adversidades, é fundamental para a compreensão e valorização da diversidade cultural da região.
Essas fotografias históricas proporcionam um vislumbre do passado e das comunidades indígenas que habitavam a região, mostrando a diversidade e a riqueza cultural desses povos. É importante reconhecer e valorizar a herança cultural dos povos indígenas, respeitando sua história e contribuição para a sociedade.