Racing tem personalidade. Alguns líderes saíram, com talento e gols, como Juanfer Quintero, Roger Martínez e Johan Carbonero. Não se sabe se Maravilla Martínez vai continuar no clube de Avellaneda. No entanto, o que não falta a esta versão do Racing de Gustavo Costas 2025 é personalidade. Ninguém vai calar, é a mensagem, após a bem-sucedida Copa Sul-Americana. Vão em busca de tudo.
Em Santiago do Chile, o Colo Colo de Jorge Almirón, campeão do torneio local, com Arturo Vidal, com Mauricio Isla, em casa, diante de 40.000 torcedores. Tudo jogando contra o Racing, que contou com alguns jovens, como Ramiro Degregorio, um talentoso novato de 21 anos, ágil. E novos rostos, como Rocky Balboa, que está se adaptando. E no tempo em que jogou, ele arrebentou. Nada disso parece ser um problema profundo para a Academia, que venceu este sábado por 3 a 0 sobre o gigante chileno.
Uma goleada que convida a sonhar, sem nenhum tipo de exagero. Até mesmo a consulta técnica é permitida: se mantiverem esta garra afiada, podem jogar melhor do que no ano passado, onde brilharam na Copa Sul-Americana e quase foram campeões no torneio local.
Uma demonstração maravilhosa de força mental. E também, uma formação mais agressiva, quase sempre no ataque. Percebe-se que no dia a dia, o grupo está mais comprometido do que nunca com Gustavo Costas, o experiente técnico, que em fevereiro completará 62 anos e tem a energia de quando jogava. Vai, corre, luta, pede, exige, quase na linha do campo. Como se fosse um jogador mais.
“Hay que ser campeones de la Copa Libertadores, hay que apuntar a eso. Yo les decía a los chicos que no podemos ser mediocres y conformarnos con esto, pensar que ya logramos el objetivo de llevar a Racing arriba. En el ‘67 salimos campeones de América y del mundo y después no dimos el salto. En el 88 (con la Supercopa), tampoco. Esperemos que ahora no nos confundamos y podamos dar ese salto sin tener que esperar 36 años de nuevo”, contó, días atrás, en una entrevista con TNT Sports.
Racing vai em busca de tudo. Copa da Liga, Recopa contra o Botafogo, o campeão da Libertadores, e, desde já, a taça mais bonita, a que todos querem. A Academia, por momentos, voa. “Dar o grande salto seria vencer a Libertadores, lutar pelos campeonatos, terminá-los nos campos do Tita e de Ezeiza. Ganhe quem ganhar as eleições, seja quem for o técnico, temos que garantir que o Racing continue crescendo em todos os aspectos e levá-lo ao mais alto”, insiste o técnico, cada vez que tem um microfone à sua frente.
Realmente, é o “Racing positivo” que foi idealizado pela gestão anterior, a de Víctor Blanco, e que parece agora ter continuidade com Diego Milito como presidente. Todos estão avançando, no caminho sinuoso de se aproximarem um pouco mais do Boca e River todos os dias.
O melhor do jogo “Hay que seguir llevando a Racing a lo más alto. Tenemos una buena base y un grupo sensacional. Son pibes que se bancaron muchas cosas y tuvieron coraje para levantarse: lograron algo increíble y hasta los elogian hinchas de otros clubes. Dieron vuelta todo: cambiaron los insultos por ovaciones y lograron algo que Racing no conseguía hace muchos años”, contaba.
Um deles, sem dúvida, é Santiago Sosa, antes e durante sua passagem por Avellaneda. Símbolo deste tempo, corajoso e disciplinado taticamente, com um cabeceamento defeituoso abriu o placar, após um livre direto perfeito de Gabriel Rojas, de muito longe. A bola parada como máxima expressão para abrir um jogo fechado, no qual o Racing sempre foi melhor.
O segundo e o terceiro, apoiado na eletricidade de Balboa, foram propriedade de Santiago Solari, que ri e joga ao mesmo tempo. Uma figura inesperada, que praticamente fez tudo certo e se sentiu maravilhoso no lado direito da aventura chilena, a metros de Martirena. Foi um vulcão de velocidade e artimanhas, sem outros atacantes que pudessem fazer sombra, sentiu-se mais confortável e liderou o ataque. Velocidade pura e, desta vez, decisões acertadas.
Racing vai em busca de tudo, com uma aquisição de luxo, Matías Zaracho. Atenção a todos: a Sul-Americana ameaça ser o prólogo de uma nova história.