Créditos hipotecários, custos e mais: quatro fenômenos e por que os preços das propriedades podem disparar

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Após um ano em que a construção caiu cerca de 20% em 2024, este ano será melhor e veremos um crescimento de cerca de 10%. No entanto, para que o setor busque consolidar a recuperação insinuada, é crucial conhecer alguns determinantes da atividade durante a segunda metade do ano passado. Resumidamente, o investimento nacional em obras públicas diminuiu em 80% e o custo em dólares para obras privadas aumentou 64% em relação a 2023, devido à valorização do peso e à redução da diferença cambial.

O crédito hipotecário teve um crescimento real de 214% ao ano nos primeiros 11 meses de 2024, com um forte impulso no segundo semestre. Em outra etapa da cadeia, o crédito hipotecário cresceu 214% ao ano nos primeiros 11 meses do ano, e 384% ao ano no segundo semestre, quando realmente começou a ganhar impulso. Apenas em dezembro de 2024, o total desembolsado em créditos hipotecários para famílias foi maior do que o acumulado de janeiro a outubro de 2023, ajustado pela inflação.

Por fim, no mercado de compra e venda, foi um ano de crescimento, embora irregular, dependendo da região do país. No ano passado, houve um aumento de 40% nas escrituras de compra e venda de imóveis em CABA, de 30% em Córdoba e de 15% na província de Buenos Aires.

1) O custo da construção deixará de aumentar
Para 2025, o custo em dólares para particulares não poderá continuar aumentando: apenas mantendo os níveis do final do ano passado, em média anual significa um aumento de 15% em relação a 2024. Ou seja, a inércia dos aumentos exercerá pressão, mas do lado da oferta (além do branqueamento para os desenvolvedores), a abertura à importação de insumos e a persistência da valorização cambial poderiam reduzir marginalmente os custos de construção.

2) Os créditos hipotecários enfrentam o desafio do financiamento
Do lado da demanda, a consolidação do financiamento através do crédito hipotecário, os fundos acumulados através do branqueamento (ainda não derramaram no setor) e a lenta recuperação do salário real poderiam impulsionar a demanda. Um alerta para o mercado de financiamento, devido à incipiente restrição de liquidez em pesos de alguns bancos, foi o aumento das taxas de juros dos créditos hipotecários entre novembro e dezembro.

3) As pessoas continuarão pedindo empréstimos
O Índice de Acesso ao Crédito Hipotecário melhorou consideravelmente em 2024, graças à melhoria do salário em dólares em relação ao valor dos imóveis. Para 2025, prevê-se que o Índice permanecerá nos níveis atuais, dada a combinação de melhoria de renda compensada por taxas de juros mais altas e preços de imóveis em alta, que exigirão uma renda superior para acessar um mesmo imóvel.

4) Os preços das propriedades continuarão a subir
Independentemente, esse volume de crédito hipotecário continuará impulsionando os preços do mercado imobiliário. Após registrar um aumento médio de 7% em 2024, o preço dos imóveis consolidará essa melhoria e poderá crescer ainda mais, até 20%.

Diante desse cenário, a expectativa se mantém sobre os diferentes instrumentos de crédito intermediário, como a hipoteca divisível, a hipoteca de bem futuro ou as alterações no processo de registro de contratos.

Alex Barsa

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