Racing recebeu uma dura sanção por parte da Aprevide: não poderá jogar com torcedores em seu estádio durante um mês. “Observou-se o uso de pirotecnia em praticamente todos os setores do estádio”. E fala do “uso inadequado de pirotecnia que coloque em risco a segurança dos presentes”, diz o comunicado da Agência de Prevenção da Violência no Esporte (Aprevide). Tudo no contexto da partida que a Academia disputou na quinta-feira passada contra o Corinthians, pela semifinal da Copa Sul-Americana. Racing venceu o jogo por 2-1 e os torcedores comemoraram de forma intensa a passagem para a final, mas já na prévia da partida foram disparadas sinalizadores e fogos de artifício. A sanção abrange apenas os jogos do torneio local, embora – vale a pena esclarecer – a final internacional contra o Cruzeiro, do Brasil, será disputada em 23 de novembro no estádio La Nueva Olla, em Assunção. O comunicado oficial expressa: “Dispor o fechamento total dos setores de arquibancadas, cadeiras, camarotes e de todo lugar destinado a abrigar presentes no Estádio ‘Presidente Perón’ do Racing Club de Avellaneda durante todos os jogos esportivos correspondentes aos torneios organizados pela Associação de Futebol Argentino (A.F.A) e todo evento relacionado a espetáculos esportivos de grande público por um período de trinta dias a partir da data de notificação da presente. Quando a equipe principal do Racing Club de Avellaneda jogar como mandante, serão sem a presença de público, de modo que os jogos serão realizados a portas fechadas, de acordo com o que estabelece a Lei Nº 11.929, suas modificações e o Decreto Regulamentar N° 1863/02, devido à falta de organização para o controle e fiscalização conforme o objetivo da lei”. A sombra de Gustavo Costas, treinador do Racing, contrasta com os fogos de artifício no Cilindro de Avellaneda. Em outra parte do texto elaborado pelo Governo da Província de Buenos Aires, acrescenta: “Através das câmeras da Unidade de Coordenação Operacional (U.C.O) e de outros vídeos fornecidos, o pessoal desta Agência pôde observar a logística utilizada para transportar a pirotecnia para o anel superior, de onde foi distribuída para os lados e se espalhou por todo o estádio, observando como o pessoal do clube entregava sinalizadores aos torcedores, bem como o acionamento e desligamento das luzes pelo clube em todo o estádio durante a ativação da pirotecnia”. E a Aprevide intima o Racing: “Intimar a diretoria do Racing Club de Avellaneda para que identifique os dirigentes, sócios, bem como aqueles colaboradores e qualquer pessoa com um papel ativo no fato gerador desta sanção”. Minutos depois, a resposta chegou do clube de Avellaneda. “A Honrosa Comissão Diretiva do Racing Club manifesta a sua total indignação diante da notícia do fechamento por um mês imposto pela APreViDe ao nosso estádio, período no qual nossos sócios, sócias e torcedores não poderão acessar o Cilindro. “Como autoridades institucionais, rejeitamos a medida, que iremos recorrer imediatamente, não apenas porque proíbe nossa gente de entrar em sua casa, mas também porque estabelece um precedente altamente negativo: esta sanção reprime e pune sócios, sócias e torcedores que organizaram uma festa exemplar, realizada com as precauções e cuidados necessários, que ocorreu sem problemas e que teve um impacto favorável em todo o mundo, que viu como se vive a paixão vital do futebol na Argentina. Orgulhosamente, participamos da festa de quinta-feira, 31 de outubro, no Cilindro, porque nos une e nos representa. A emoção dos sócios, sócias e torcedores foi a mesma que sentimos nós que estamos encarregados da gestão do Clube. Para eles, garantimos nosso maior esforço para impedir essa injustiça. Portanto, está claro que a direção do Racing buscará reverter a medida. Inicialmente, o primeiro jogo em que não poderá jogar em seu estádio será contra o Independiente Rivadavia de Mendoza, em 10 de novembro, pela 22ª rodada da Liga Profissional. De acordo com os critérios de.