Fernando Gago na Bombonera: a emoção inicial, o balanço do empate contra Riestra e um tenso encontro com o Ogro Fabbiani

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Toda a alegria com que a Bombonera recebeu Fernando Gago, em seu primeiro jogo em casa desde que assumiu como treinador do Boca, se transformou em tensão, impaciência e insultos contra os jogadores do Boca à medida que os minutos passavam no empate de 1 a 1 com o Riestra. Quatro pessoas foram o foco. O primeiro, o treinador. Foi o primeiro a entrar no vestiário. Sorridente, cumprimentou cada pessoa que o cumprimentou pelo caminho. Ficou muito surpreso quando voltou ao gramado da Bombonera, levantou o braço direito emocionado e uma bandeira gigante com uma imagem sua como jogador do Boca foi exibida no meio da arquibancada. Gago foi, além disso, um dos mais aplaudidos quando a Voz do Estádio anunciou as escalações. Na coletiva pós-jogo, Fernando falou sobre as emoções que o envolveram: “Foram muitas emoções desde que voltei aqui, voltar para onde antes vivi futebolisticamente é muito bonito. Quero agradecer o apoio das pessoas, a recepção, a bandeira. São coisas que ficam no coração”. E em relação à equipe, pediu: “Tenham em mente que essa equipe, através do trabalho, da humildade, vai tentar continuar melhorando e conseguir os objetivos que temos”, concluiu. Em relação ao 1 a 1, Pintita foi sincero: “Não podemos apenas falar das situações do segundo tempo, acho que ao longo do jogo no primeiro nos faltou um pouco mais de fluidez na circulação, ter mais possibilidades de ataque, mais movimento para poder ferir o adversário. No segundo tempo, começamos a conseguir, já tivemos mais situações de finalização, era muito pela lateral e nos faltava o jogo interno. O resultado não me agrada, obviamente precisamos melhorar, vamos trabalhar para melhorar e essa é a mentalidade depois dos poucos dias de trabalho que tenho. Agora temos uma semana de trabalho longa e a partir disso, o time melhora constantemente”, completou. Atento às posições, Gago avaliou as chances de classificação para a Libertadores do próximo ano: “Temos muitos jogos para somar pontos, essa é a nossa meta. Somar pela classificação geral e poder ingressar. Esses pontos podem ser sentidos no final do campeonato, mas ainda há muito em jogo. Temos que ter mais tempo de protagonismo e controle de jogo, encontrar os espaços onde queremos atacar”. Sobre os lesionados apontou: “Merentiel sentiu um desconforto ontem, quase antes de começar o treinamento, num aquecimento. Veremos se está disponível para o próximo jogo. Foi uma pena, pois estava sendo considerado para jogar. Veremos o caso de Cristian (Lema) quando fizerem os exames”. Como curiosidade, Gago sorriu quando uma jornalista o parabenizou pela elegância. No final, houve uma situação tensa com Cristian Fabbiani, em que o técnico do Boca pediu um pênalti que o Ogro recusou veementemente e ficaram cara a cara, a ponto de serem separados por um assistente de Falcón Pérez. A esse respeito, Fabbiani amenizou a situação na zona mista, onde destacou: “São coisas do jogo, respeito muito o Fer (Gago), o conheço há 30 anos. São coisas que ficam em campo”, disse. E então acrescentou: “A única coisa que queríamos era não perder. O que fizemos durante a semana serviu, pois sabíamos que iriam cruzar bolas. A defesa fez uma partida gigante”, concluiu. Outra pessoa mimada pela torcida xeneize foi Leandro Brey, que recebeu um prêmio merecido: uma grande ovação de todo o estádio quando entrou em campo para se aquecer. Não era para menos, após as quatro defesas de pênalti em cinco no jogo contra o Gimnasia pelas quartas de final da Copa Argentina. Ao seu lado estava Sergio Romero, que em sua primeira vez na Bombonera após confrontar torcedores que o insultaram após a derrota para o River (o que resultou em uma suspensão de dois jogos) foi completamente ignorado pela torcida. Nem vaias nem aplausos. Como se não estivesse lá. Pol Fernández merece um parágrafo à parte. O meio-campista entrou aos 23 do segundo tempo no lugar de Ignacio Miramón e foi vaiado sempre que tocou na bola. No entanto, foi fundamental na jogada do empate, pois deu um ótimo passe para Saracchi pela esquerda para que o uruguaio cruzasse para o centro da pequena área e Cavani empurrasse para a rede. Oscilante, o público o aplaudiu quando foi expulso no final, após derrubar Antony Alonso por trás com uma falta forte, quando ia sozinho contra Brey. O meio-campo do Boca está tão desarticulado após a venda de Equi Fernández, a estranha situação de Medina (prestes a sair para o Fenerbahce, mas sem vontade de jogar), e a lesão de Zenón, que Pol acaba sendo o melhor meio-campista que Gago tem no elenco. O final foi quente, com um canto contundente: “Jogadores, não encham o saco, vamos ver se percebem que estão jogando no Boca”.

Alex Barsa

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