O clássico de Avellaneda entre Racing e Independiente, válido pela 12ª rodada da Liga Profissional, terminou em 0 a 0. Em um jogo cheio de tensão, houve de tudo, menos futebol. E um dos fatores que marcou o duelo foi a polêmica. Nos minutos finais do primeiro tempo, o Racing abriu o placar com um gol de Santiago Sosa. No entanto, a ação foi anulada após revisão do VAR. Um dia depois do empate, foi revelado o diálogo dos responsáveis pela tecnologia com o árbitro da partida. Aos 44 minutos do primeiro tempo, a Academia tinha um escanteio a seu favor pela esquerda. Após uma jogada ensaiada, Baltasar Rodríguez tocou curto para Johan Carbonero. O colombiano devolveu a bola para o jovem, que cruzou a bola para a área. Neste momento, Roger Martínez apareceu e cabeceou para o gol, mas no trajeto curto, Santiago Sosa desviou com o rosto para fazer o 1 a 0. Tudo era alegria no Cilindro: a torcida comemorou o gol que significava a abertura do placar, diante de um adversário que já jogava com um jogador a menos após a expulsão de Damián Pérez aos 29 minutos. No entanto, após a comemoração, o árbitro da partida, Nicolás Ramírez, interrompeu a ação no jogo. Uma chamada do VAR alertou para uma polêmica, que era a posição do volante autor do gol. Após algumas horas do jogo, na segunda-feira, foi revelado o diálogo entre o árbitro principal e os responsáveis pelo VAR. Primeiramente, foi verificado um possível toque de mão após a cabeçada de Martínez, mas foi focado no pé de Sosa. Enquanto observavam a ação e traçavam linhas, pediram a “Maxi” (Maximiliano Nicolás Ramírez) que não retomasse o jogo, pois haviam encontrado o impedimento e ao fundo se ouvia a voz do árbitro principal conversando com os jogadores em campo: “Estamos verificando um possível impedimento após a primeira cabeçada, há uma segunda cabeçada, se estiver tudo certo, será gol, tranquilo” avisou Ramírez. “Vamos nesse pé”, diz Lucas Novelli, enquanto as duas linhas são traçadas. A de cor azul, na posição do último defensor do Independiente, que era Joaquín Laso, e a de cor vermelha, para o jogador do Racing, que mudou a trajetória da bola e marcou o gol. Após alguns minutos, mesmo em uma decisão rápida, avisaram ao árbitro: “Maxi, mudança de decisão, impedimento daquele que bateu no peito”, e acrescentaram que a decisão foi “factual”, o que significa que não precisou da revisão do árbitro principal na tela localizada sobre o campo. A decisão do VAR não passou despercebida para o técnico da equipe da casa. Muito zangado por não ter o gol validado, Gustavo Costas gritou “não!”, de forma muito efusiva. Além disso, fez gestos exaltados com as mãos e até chutou uma garrafa que estava no gramado. Logo em seguida, o treinador quis “retornar ao jogo”, mas em seu rosto não conseguia esconder o descontentamento com a decisão arbitral. Após o jogo, o treinador do Racing falou sobre a partida, mas principalmente sobre a forma como o Independiente jogou: “Deixaram eles perderem tempo. Desde o início, parece, que não queriam jogar. Nós saímos para buscá-los, fomos superiores, sempre controlamos e fomos aqueles que queriam a vitória. Aqui fizeram o mesmo que outros times: se jogarem… Depois cabe aos árbitros permitir que façam isso”, disparou Costas em coletiva de imprensa. Por último, ele acrescentou: “Ficou seis minutos parado e deram cinco. No segundo tempo, também. Tudo aconteceu e deram seis. Saímos frustrados porque queríamos vencer, tínhamos um grande ímpeto. Este empate nos dói”.
Foi divulgado o áudio do gol anulado do Independiente: por que foi um erro “factual”
- Post publicado:27 de agosto de 2024
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Alex Barsa
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