Boca é o líder da zona B do Torneio de Abertura e também está na ponta da tabela anual. Após a eliminação na etapa preliminar da Copa Libertadores contra o Alianza Lima, a equipe começou a acumular vitórias, embora os torcedores xeneizes ainda olhem com alguma desconfiança para o processo liderado por Fernando Gago. Não é fácil digerir que um time acostumado a ser protagonista em nível continental não esteja jogando nenhuma copa. Gago conversou com o canal esportivo ESPN sobre a eliminação na Libertadores e deu detalhes desconhecidos de sua saída do futebol mexicano. Ele quer impor sua forma de jogo em Boca, mas sabe que nem sempre sua equipe jogará como ele deseja. Seu passagem pelo Racing terminou com dois títulos, em um período em que também teve momentos de bom futebol. A vara estava alta e para muitos não conseguiu alcançar aquela identidade de jogo que tinha na Academia. “O futebol também passa pelo resultado, mas considero que é a partir de uma ideia, do que pretendo”, disse Gago. Ele explicou que acredita muito na forma de trabalhar e treinar, quer que os jogadores entendam por que jogar de determinada maneira. Gago explicou que não se sente obrigado a repetir os times todas as rodadas, pois como não há competições internacionais, os jogadores chegam melhores fisicamente e tecnicamente a cada partida. Em relação às individualidades, ele se referiu aos jogadores que têm a capacidade de pensar no setor ofensivo. “Não temos um 10 clássico. Somos um time que tenta buscar situações e correr riscos”, destacou Gago. Ele disse que o golpe de ter ficado fora da Libertadores ainda é sentido, mas nunca se perguntou o porquê. “Temos que seguir. Agora temos que nos classificar, ser campeões e buscar uma identidade”, afirmou. Gago foi determinante ao dizer que nunca se sentiu fora do Boca após a eliminação. Finalmente, ele contou como foi sua saída do México e sua chegada ao Boca: “Esta é minha casa desde os 8 anos, aconteceram coisas boas e ruins aqui”.