A Copa América vencida pela Argentina teve mais do que futebol. Os incidentes com milhares de torcedores nos acessos ao Hard Rock Stadium, onde no domingo foi disputada a final, encerraram uma longa lista de erros da Conmebol e de seu presidente, Alejandro Domínguez. Também geraram questionamentos sobre a capacidade dos Estados Unidos de organizar o Mundial de Clubes em 2025 e a Copa do Mundo em 2026. Os problemas começaram com as reclamações sobre a qualidade do gramado dos campos, que até dias antes do início do torneio tinham carpetes sintéticas. Houve críticas ao cronograma, segurança para familiares dos jogadores nos estádios, campos de treinamento e decisões de priorizar o espetáculo sobre os jogos. Adicionar 15 minutos no intervalo da final para que Shakira cantasse acendeu alarmes sobre o risco de transformar os torneios de alta competição de futebol em uma imitação do Super Bowl.

O argentino Lionel Scaloni foi um dos primeiros a criticar a decisão de utilizar estádios planejados para futebol americano. Scaloni reclamou sobre a demora na troca do gramado e as condições desfavoráveis para o jogo. Posteriormente, jogadores de diferentes seleções, como James Rodríguez, eleito o melhor do torneio, também expressaram insatisfação com as condições dos campos. Marcelo Bielsa foi ainda mais incisivo em suas críticas, apontando a falta de segurança e as más condições dos campos de treinamento.

No dia da grande final, os ânimos estavam exaltados. A extensão do intervalo para o show de Shakira desagradou equipes e técnicos, que consideraram a mudança desnecessária. Os erros de segurança no domingo causaram caos no acesso ao estádio, atrasando a final em uma hora e gerando tumulto. Os organizadores falharam, permitindo que os torcedores chegassem aos molinetes sem controle. Scaloni e Lorenzo lamentaram os incidentes, apontando os impactos negativos para jogadores e familiares.

É importante que a Conmebol aprenda com os erros desta Copa América e tome medidas para evitar problemas semelhantes no futuro.