Sorridente e exultante. Com o ânimo para fazer brincadeiras e já sem as tensões dos últimos dias por algumas olhadas tortas após a derrota para o Estudiantes. Após a vitória por 2-0 no clássico contra o Boca, o treinador do Racing permitiu-se tudo: piadas, análises e provocações. Gustavo Costas encheu de elogios seus jogadores e, em meio a tantas avaliações, lançou uma alfinetada para seu rival que rapidamente se multiplicou nas redes sociais. A primeira pergunta que fizeram a Costas foi se o “Racing positivo” tinha voltado. O treinador reagiu fiel ao seu estilo: “Por um jogo, c… mãe. Não te respondo, melhor, rs”, disse, em meio a risadas na sala de coletiva de imprensa. E concluiu: “O Racing nunca se foi. Depois, você pode perder… O que você pensa que somos? Fez uma pergunta só, já quero ir dormir, rs”.
Depois analisou como viveu o clássico, o que seu time deixou e, em meio à sua reflexão, lançou uma provocação contra a equipe de Fernando Gago: “Estou contente, feliz. Fizemos um bom jogo. Outro dia jogamos mal e nos ganharam muito bem. Hoje a equipe voltou. Já tínhamos falado, do compromisso que temos. Fomos muito claros vencedores. Pensei que seria um jogo mais difícil, mas os jogadores facilitaram. Ganhamos de cara. Na verdade, no primeiro tempo poderíamos ter terminado 3-0”, disse Costas no início da coletiva de imprensa.
As perguntas sobre as polêmicas que o Boca reclamou durante e depois da partida chegaram aos ouvidos do treinador do Racing, embora tenha evitado responder às declarações explosivas de Raúl Cascini, membro do Conselho de Futebol do Boca: “Não vou me envolver. Não vou falar do que eles disseram. Ganhemos muito bem. Não nos geraram chances de gol. Uma jogada no segundo tempo, nem chutaram para o gol. Foi claro e contundente. Quando me toca jogar mal, eu digo. Hoje tenho que elogiar”.
Além disso, Costas elogiou a velocidade do gandula (Lucas Álvarez) do Racing para entregar a bola para Gastón Martirena que resultou no gol de Luciano Vietto: “Quero parabenizar Lucas, o gandula. Esse é o sentido de pertencimento que temos. Não foi só uma vez. Somos uma família. Os que trabalham comigo são todos iguais. Quero parabenizá-lo por estar envolvido. Esse jogo é vencido por todos. Esse sentido de pertencimento é o que inculcamos”.
O treinador também aproveitou para elogiar seus jogadores e defender alguns em particular: “Juan Nardoni não estava apto para jogar e deu tudo de si. Bruno Zuculini igualmente. Esses garotos se entregam e às vezes são xingados. Devem ter me xingado bastante porque coloquei Colombo, não é? Coloquei porque confio neles. Nenhum dos dois ia jogar (N.R: também perguntaram sobre Santiago Solari) mas na semana deram tudo. Colombo queria ir embora. Disse a Colombo para jogar o telefone para longe e ficar. Peço aos torcedores nas redes sociais que não xinguem tanto. Eles são garotos que vivem disso. Me xingavam porque colocava Martirena. Hoje o cantam “uruguaio uruguaio”. Por isso peço que não xinguem os jogadores”.
