O prefeito de Buenos Aires, Jorge Macri, comemorou neste sábado o sucesso do forte operativo para desalojar 5000 vendedores ambulantes em Flores. Macri compartilhou imagens das calçadas do bairro sem os postos ilegais, algo pelo qual áreas de Flores, como a Avenida Avellaneda e a Nazca, sempre foram conhecidas. “Sábado, 15 de fevereiro. 24 horas após o megaoperativo. Assim está Flores: as ruas voltaram a ser dos moradores. Aqui a lei é cumprida, queira você ou não. Ponto”, publicou X.
Na sexta-feira, a partir das 3h da manhã, nove quadras foram fechadas e cercadas para realizar 50 mandados de busca e apreensão e desalojar os 5000 vendedores ambulantes. Foi um trabalho conjunto de entidades de segurança nacional e da cidade: mais de 550 inspetores, operários e policiais da Superintendência de Investigações, dos ministérios da Segurança e do Espaço Público, da Agência Governamental de Controle, Trânsito, e da Direção Nacional de Migrações. O trabalho foi realizado em mais de 50 depósitos de mercadorias ilegais.
Devido ao horário do operativo, vários dos acusados ainda estavam dormindo quando foram surpreendidos pelas autoridades. O horário foi escolhido para impedir a instalação dos vendedores ambulantes na calçada. Por esse motivo, as ruas foram cercadas. A ação da cidade surgiu após denúncias de trabalho clandestino, tráfico de pessoas em oficinas têxteis, presença de mercadorias ilegais e alimentos em mau estado – muitos fora da geladeira.
Neste sábado, o prefeito de Buenos Aires compartilhou um vídeo onde é possível ver pessoas caminhando pelas ruas de Flores sem a presença de postos na calçada. As pessoas entram e saem dos estabelecimentos, mas não há vendedores ambulantes à vista.
Ontem, em uma coletiva de imprensa, Jorge Macri afirmou que é necessário “proteger as pessoas que estão dentro da lei”. “O controle e o domínio da rua são do Estado e devem ser garantidos para que os moradores possam circular e as atividades sejam legais. Aqui há muitos comerciantes, como ocorria em Once, que desenvolvem suas atividades de maneira formal, pagam seus impostos e que tinham que conviver com uma concorrência desleal, vendendo roupas de origem desconhecida ou falsa”, disse.
Também destacou que a “usurpação gera insegurança, desordem, sujeira e uma concorrência desleal para os comerciantes”. “Também provoca muito desconforto para os moradores, que não conseguem circular e têm que conviver com as calçadas ocupadas”, acrescentou.
O cercamento ocorreu nas ruas Nazca, entre Aranguren e Venancio Flores; Venancio Flores, entre Campana e Nazca; Bogotá, entre Campana e Nazca; Argerich e Avellaneda; e Aranguren, entre Argerich e Nazca. No megaoperativo, Jorge Macri também contou com a presença do chefe de Gabinete de ministros, Gabriel Sánchez Zinny; dos ministros de Segurança, Waldo Wolff; de Justiça, Gabino Tapia; e do Espaço Público e Higiene Urbana, Ignacio Baistrocchi. Também estiveram o secretário de Segurança, Ezequiel Daglio, e a porta-voz oficial, Laura Alonso.
