López Obrador protesta contra o FMI por estimar que a Argentina crescerá mais do que o México.

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O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI), sediado em Washington, por prever um maior crescimento econômico para a Argentina do que para o México. Na terça-feira, durante a coletiva de imprensa matinal, o presidente também criticou as recomendações do FMI e o acusou de ser o “causador do desastre econômico na Argentina”.

“López Obrador afirmou que o Fundo Monetário Internacional prevê um maior crescimento para a Argentina do que para o México, quando na verdade foi o causador do desastre econômico na Argentina e agora se posiciona como árbitro, juiz que decide sobre o que vai acontecer no futuro”, disse o presidente. O FMI estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina crescerá 5% e 3,1% em 2025 e 2026, respectivamente. Enquanto isso, espera-se que o México cresça apenas 1,4% e 1,9% nos mesmos anos, representando uma desaceleração.

O governo de López Obrador se destaca por ter expandido e aumentado a assistência social com programas para idosos, pais e estudantes ou aprendizes jovens. Enquanto isso, a Argentina está passando por cortes na assistência social e nos gastos do governo sob o comando do presidente Javier Milei, um ultradireitista que busca equilibrar as finanças públicas após anos de altos déficits fiscais e inflação. Milei e López Obrador mostraram estar diretamente em desacordo com as políticas de seus países.

“Essencialmente, diante do projeto neoliberal do FMI e do Banco Mundial, há outro chamado humanismo mexicano com economia moral que funciona melhor do que o que foi imposto nos últimos 30 anos e que eles ainda querem impor novamente”, comentou López Obrador. Ele também alertou que o México deve “cuidar das recomendações das instituições financeiras internacionais, pois antes não tínhamos nossos próprios planos de desenvolvimento, mas sim receitas que nos enviavam do exterior”.

No mês passado, a porta-voz do FMI, Julia Kozack, respondeu a uma pergunta de um jornalista sobre o país, dizendo: “Vemos uma economia em expansão contínua e a inflação está recuando no México. A inflação diminuiu desde o início de 2023, impulsionada por uma política monetária proativa e queda nos preços das commodities globais. E o crescimento no México está sendo apoiado pela demanda interna, especialmente o investimento”.

Kozack acrescentou que era importante para a organização observar as medidas fiscais que o México adotará nos próximos anos e pediu um plano crível de consolidação fiscal a médio prazo para preservar a sustentabilidade fiscal no México. Ela destacou que garantir um crescimento sustentável e inclusivo no México exigirá um amplo conjunto de reformas, incluindo impulsionar a mão de obra, a participação feminina no mercado de trabalho, combater a corrupção e o crime, e ampliar a inclusão financeira.

Alex Barsa

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