Marcelo Gallardo, após sua primeira derrota com River desde seu retorno: os erros de Paulo Díaz e a falta de gols de Borja

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OuvirRiver sofreu a primeira derrota desde o retorno de Marcelo Gallardo. O treinador estava invicto tanto na Liga Profissional quanto na Copa Libertadores, mas neste domingo ficou de mãos vazias contra o Talleres, no Monumental, pela 16ª rodada do torneio doméstico.

O Muñeco foi ovacionado assim que entrou, como costuma acontecer sempre, mas ainda mais porque a equipe vinha de uma semana mágica após vencer o Boca no Superclássico e se classificar para as semifinais da Copa Libertadores após a vitória por 1 a 0 sobre o Colo Colo.

“Não tem problema, vamos lá!”, tentou incentivar Gallardo aos seus jogadores após o erro de Paulo Díaz na jogada do gol de Federico Girotti. Mas, à medida que os minutos passavam, ele ia dando cada vez mais instruções. E juntamente com as instruções, ele mostrava rostos de preocupação quando sua equipe não conseguia converter as chances criadas, entre chutes na trave e defesas de Guido Herrera.

“Nos faltou o controle do jogo e, portanto, atacar onde deveríamos não apenas para empatar, mas para vencer. É um dos jogos em que mais criamos chances desde que chegamos e perdemos. Estamos com raiva do resultado, mas não posso dizer nada sobre como o jogo se desenrolou. Perdemos por um acidente nosso e depois tivemos, principalmente no segundo tempo, uma equipe que teve aquela vergonha esportiva de buscar por todos os lados e de boas maneiras. Se tivéssemos sido mais precisos, estaríamos falando de outra coisa”, começou Gallardo na coletiva de imprensa.

E continuou: “Estamos melhores no jogo. As vitórias e passar para a semifinal da Copa dão muita confiança aos jogadores para continuarem trabalhando e evoluindo progressivamente e com boa dinâmica, e hoje fomos um pouco freados, mas o comportamento da equipe, principalmente no segundo tempo, foi bom. O acidente que protagonizamos nos confundiu, nos custou voltar, nos apressamos, mas no segundo tempo sim. Fico tranquilo que tentamos de todas as maneiras. Se não tivéssemos criado nada… estaríamos mais preocupados, mas nos faltou aquela serenidade e precisão para definir. O goleiro deles defendeu duas ou três bolas muito boas. O Talleres levou um prêmio muito grande para o que fizemos”.

Também se referiu a vários temas:

Como viu Solari, que voltou a ter minutos: “O que faltava a Pablo Solari? Trabalho, como sempre disse. Se há jogadores que não jogam é porque outros estão melhores e porque faltam a eles. Entendo que há jogadores que não tiveram minutos, mas escolho aqueles que vejo melhor e tenho um elenco longo também. Com base em seu comportamento no dia a dia, vejo e tenho que escolher. O importante é que, quando precisarmos deles, eles estão presentes. E hoje foi uma boa apresentação de Pablo, que era recuperar sua confiança”.

Como administrar o elenco longo: “Agora temos uma semana longa de trabalho que vem em boa hora, principalmente após uma sequência de jogos. O comportamento da equipe foi bom. Estamos melhores, o bom é ter a possibilidade de nos recuperarmos e trabalhar com a cabeça para o que vem, de olho no próximo jogo contra o Platense, para continuarmos melhorando em muitos aspectos”.

Atlético Mineiro, próximo adversário na Copa Libertadores: “Uma equipe dura, como todas as que estão nas semifinais da Copa. Eles venceram sua série por alguma razão. Vamos enfrentar uma equipe muito boa e um ótimo treinador, que conheço e já enfrentei várias vezes. A equipe sabe como ele pensa e vê o futebol e será um bom time”.

A seca de gols de Borja: “Quando o artilheiro não faz gols, você não o verá feliz, especialmente quando tem oportunidades. Antes, tudo o que ele chutava virava gol e hoje não está acontecendo, mas ele vai voltar. Ele precisa entrar calmo e não se desesperar. Ele gera as oportunidades, teve muitas, também contra o Boca e o Colo Colo, especialmente na ida, ele tem as oportunidades, precisa acreditar que elas voltarão. Ele não deve ver isso como algo negativo”.

Os 300 jogos de Franco Armani no River: “Franco é uma referência entre os grandes goleiros que esta instituição teve, que é muito rica. Estar nessa mesa deve fazer ele se sentir privilegiado: 300 jogos é muito tempo e ele continua mantendo a ambição de continuar presente, consolidando-se no dia a dia, como a história deste clube exige. Ele é um garoto que não se relaxa e por isso está como está, e é bom que seja assim”.

Os últimos erros de Paulo Díaz: “Há momentos acidentais que jogadores dessa categoria precisam resolver. Paulo (Díaz) é um jogador muito bom, de muita categoria, e comete erros; ele é o primeiro a assumir a responsabilidade e tudo o que vem, aprender com os erros. E melhorar para que não aconteçam novamente. É verdade que a expulsão no Chile é mais grave, porque ele perdeu o jogo de volta de uma série eliminatória importante. E o de hoje foi um acidente: ele tentou controlar e escorregou, que isso não ofusque o quão bom jogador ele é e o quão importante é para a equipe. Além disso, a competição está aí e ninguém pode relaxar”.

Na busca pelo voo futebolístico: “No voo futebolístico, o que vimos no segundo tempo contra o Talleres, é saber pelos caminhos que a equipe precisa seguir, ter chances de gol. Quando falo em voo futebolístico, é o que vimos hoje, mas depois você precisa convertê-las”.

Alex Barsa

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