Marcelo Gallardo falou após a vitória do River em Santiago del Estero sobre Ciudad de Bolívar pela Copa Argentina, e se referiu a uma polêmica gerada por uma postagem nas redes sociais feita por Jeremías Ledesma, que ocupou o lugar de Franco Armani no gol do time. “É bobagem o que aconteceu. Se esperam que eu me deixe levar por isso, não me conhecem”, alertou o treinador aos jornalistas na coletiva após a partida. O ex-goleiro do Rosario Central havia postado uma imagem com a camisa do Cádiz, seu ex-clube na Espanha, e um emoji de um avião, que alguns interpretaram como um indício de uma possível saída no próximo mercado de transferências. Gallardo, no entanto, já havia tomado a decisão de incluí-lo no time titular. “Ledesma não teve trabalho. A troca de goleiro estava prevista. Ele tem trabalhado muito bem. Armani está em uma forma fenomenal. Costumo fazer isso. Não era um ‘porquê?’. Estava dentro das possibilidades. Não sei por que isso foi gerado”, disse em relação à polêmica após a postagem do goleiro. “Tudo dá motivo para opinar. Todos fazem sua especulação, e como somos um país que especula o tempo todo… Não podemos sair esclarecendo o que é dito”, continuou.
Antes da partida, Jeremías Ledesma postou nas redes sociais uma imagem com a camisa do Cádiz, seu ex-clube na Espanha, e um emoji de um avião; isso gerou uma interpretação.
Além disso, o treinador do River se mostrou preocupado com a série de lesões que sua equipe está enfrentando. No estádio Madre de Ciudades, Matías Kranevitter sofreu uma lesão muscular que o obrigou a sair de campo na primeira parte; ele foi substituído por Santiago Simón. “Claramente as lesões me preocupam. São muitas. Não é bom que isso aconteça, que a continuidade seja perdida, que parem, mesmo os jogadores estando expostos a lesões. Estamos sofrendo muito negativamente com a sequência de lesões. A lesão de Kranevitter é muscular; veremos o grau”, ponderou o treinador. E ao ser questionado sobre uma possível falha no gerenciamento da exigência física da equipe durante a pré-temporada, Gallardo respondeu: “Erro na pré-temporada não; o método de treinamento costuma ser preciso em relação às cargas. Temos muitas pré-temporadas juntos. Sim nos surpreende e preocupa o fato de que sejam contínuas, que em todos os jogos estejamos sofrendo uma lesão. Esperamos que seja uma sequência negativa e que pare logo”.
Leandro González Pirez marcou o primeiro gol aproveitando um rebote do goleiro após uma cabeçada sua; o River faltou ambição na segunda metade do jogo em Madre de Ciudades.
Em termos de futebolísticos, o técnico indicou que sua equipe foi “de mais a menos” frente ao Bolívar. Destacou o desempenho no primeiro tempo, embora tenha apontado a falta de ambição para marcar mais gols na segunda parte. “Íamos ter muito controle de bola, ir de um lado para o outro movendo-a. Tínhamos que conectar dentro as oportunidades que criamos pelas laterais. Tivemos, mas não conseguimos conectar completamente. Isso era o que estávamos tentando fazer. Ficou evidente”, analisou o treinador.
“Depois, a falta de conexão final. No segundo tempo nos faltou outra garra para causar danos ao adversário. As substituições… Entraram muitos jovens. É normal que aos poucos ganhem confiança. Não é a mesma coisa jogar na reserva do que em um jogo oficial. Aos poucos eles vão ganhando minutos. Nem tudo é imediato. Nos serve para ver as reações de cada um, daqueles que tiveram a oportunidade de jogar hoje”, completou.
Ele teve mais a dizer sobre o desempenho da equipe millonaria. “No primeiro tempo mostramos algumas coisas boas, o gol veio rápido. Tivemos o segundo gol. Depois, imaginando que o jogo se apresentava a nosso favor e o adversário vinha sem muita competição, esperávamos que sentissem o desgaste da partida, mas não aconteceu. No segundo tempo não tivemos muitas situações. Faltou criatividade para resolver. Tenho que fazer uma análise: foi de mais a menos. Não conseguimos redondear algumas coisas boas que fizemos no primeiro tempo”, observou.
Ao final da coletiva, Gallardo agradeceu o carinho sentido na cidade do norte. “Santiago sempre nos recebe bem. É um estádio legal para jogar, um campo em bom estado. Um afeto, mais uma demonstração da torcida do River para com nossa instituição. Sempre alimenta a alma ver o apoio. Agradecemos a cidade de Santiago por nos receber tão bem”, disse, com um sorriso pelo dever cumprido, mas com a certeza de que seu River ainda precisa melhorar para se tornar essa equipe que o identifique durante os 90 minutos.