Marcelo Gallardo: do “combate físico” contra Riestra às “coisas boas” que ainda vê no River.

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Marcelo Gallardo acredita que o que acontece com o River na frente do gol é apenas uma fase. Os primeiros doze tempos sem gols, um recorde na história do clube, são apenas estatísticas. Ele optou por ver o “copo meio cheio” no empate sem gols contra o Riestra no Bajo Flores: “Houve seis oportunidades claras de gol. Faltou concretizar”, admitiu o treinador na coletiva de imprensa após o jogo. “Faltou o gol, que abre possibilidades. Não conseguimos alcançar”, acrescentou.

O treinador do clube continuou analisando a partida: “Controlamos o jogo, especialmente no primeiro tempo; tivemos oportunidades claras através de uma boa fluidez de jogo. Com o desgaste físico de jogar contra esta equipe [Riestra], no segundo tempo o jogo não teve a mesma fluidez. Faltou o gol para concretizar o que havíamos feito, especialmente no primeiro tempo. E não sofremos muito atrás. Estivemos bem na segunda bola e no combate físico; jogamos bem, exceto em situações de bola parada. O resultado foi frustrante”, disse, expressando sua indignação pelo empate sem gols. “No primeiro tempo, deveríamos ter convertido as quatro oportunidades claras que tivemos. Deveríamos ter marcado um gol para que o jogo se desenvolvesse de outra maneira e a nosso favor”, lamentou Gallardo.

Quanto à sequência de doze tempos sem marcar gols, Gallardo não se aprofundou. “No futebol, joga-se por 90 minutos, não por 45. Se não, estaríamos falando de outro esporte. São fases, que às vezes acontecem e se intensificam. Quando acabar, não se falará mais nisso. Não é que não criamos oportunidades. Criamos! A dificuldade de não concretizar faz com que os adversários assumam um papel de certeza contra isso. E vão crescendo. Nem sempre se pode definir os jogos nos primeiros minutos. Tomara que aconteça. Não está acontecendo. Criamos as oportunidades. E continuaremos insistindo. Nos últimos jogos, vi coisas boas. No jogo, na elaboração do jogo, fluidez. E hoje, em um campo difícil, creio que em alguns momentos… no primeiro tempo, especialmente, conseguimos movimentar a bola de lado a lado. Faltou a finalização”, completou Gallardo. E pediu calma: “Devemos manter a calma. Às vezes, tornam-se fases e quando se fala sobre a negatividade disso, gera mais. Logo as coisas fluirão. Calma. Já se passaram dez rodadas, temos que olhar para frente”.

O treinador também mencionou Kevin Castaño, o meio-campista colombiano que chegou na semana passada do Krasnodar, da Rússia, sendo apresentado, treinando algumas vezes e integrando o banco de reservas no Bajo Flores. “Castaño finalmente chegou após uma negociação longa. Nos últimos dias, ele se mostrou em boa forma física. Tê-lo na concentração permitiu que ele se entrosasse com os colegas. Quando voltar de sua seleção, começaremos a observar como ele está e o que pode nos proporcionar. Considero que é um meio-campista que pode desempenhar uma função dupla, tanto como 5 como 8, com frescor e bom jogo. Uma boa agressividade para recuperar a bola e jogar. É um jogador que nos dará soluções. Quanto mais rápido ele se adaptar ao mundo River, melhor”, disse o treinador do clube.

Gallardo também elogiou Franco Armani, o salvador do River no final da partida, com uma grande defesa. “Tenho dois goleiros de ótimo nível. O que jogou hoje está passando por um momento incrível. Tudo é um pouco ingrato, pois nas primeiras rodadas, quando cometeu um erro… conseguiu superar isso e está tendo o desempenho que tem. Às vezes é ingrato quando se julga ou critica um jogador que deu muito à instituição. Hoje ele está em um nível incrível”, avaliou Gallardo sobre seu capitão, que por enquanto é o dono incontestável do gol.

Ao final da coletiva de imprensa, Gallardo avaliou o mercado de transferências, que se encerrou recentemente com a chegada de Castaño: “Estamos bem na formação da equipe. Temos o desafio de adiante e a competição interna que queríamos gerar. Os minutos, os momentos dos jogadores nos mostram quem está pronto para somar mais ou menos minutos. Estamos bem nesse sentido. Gostaria que os jogadores me dessem dificuldades na seleção de quem está melhor. Por isso a competição. Não vejo o copo vazio, mas pelo contrário. Estamos bem orientados na busca”.

Alex Barsa

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