Maxi Salas, o atacante que se isolou do ambiente e aliviou o River

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O clássico definiu um semifinalista da Copa Argentina, mas foi um jogo singular para Maximiliano Salas e Marcos Acuña. Com passado no Racing, o presente os encontra no River e o destaque do atacante e do defensor se dividiu entre o que ofereceram durante a partida e também depois que os “millonarios” celebraram a vitória por 1 a 0. O artilheiro com seu gol relâmpago, quando o jogo mal havia começado, adicionou um capítulo extra aos diversos cenários que se desenvolveram desde sua conturbada saída da Academia, na última janela de transferências. O defensor campeão do mundo se envolveu em discussões e empurrões com jogadores adversários e também membros da comissão técnica do clube de Avellaneda.

O foco estava em Salas, que desde o aquecimento no Gigante de Arroyito sofreu hostilidade dos torcedores do Racing. “O que não pula é traidor”, cantou o público, magoado pela venda conturbada e pelas explosivas declarações que o atacante fez três meses antes, mirando os dirigentes. O correntino carregava uma carga emocional adicional, pois no final de semana havia sido expulso na derrota do River para o Riestra, no Monumental. Mas ele conseguiu se abstrair do ambiente ao seu redor, do clima externo que agitava um jogo no qual cada intervenção sua seria analisada, comentada. “Para mim foi algo normal. Como sempre disse, estou tranquilo, nos momentos bons e ruins. Minha calma nunca muda, nunca fiquei nervoso nem nada”, expressou após garantir a vitória que trouxe alívio ao River.

As palavras e a serenidade de Salas tiveram um respaldo, quando as duas escalações entraram em campo sorrindo junto com seus ex-companheiros do Racing. O melhor antídoto para combater o clima tenso nas arquibancadas era uma posição de tranquilidade, longe da agitação que os torcedores do Racing queriam transmitir. “Era uma final para nós. Tivemos que jogar com muita calma. Se entrássemos no ritmo deles, teríamos dificuldades, porque jogam muito bem”, valorizou.

De forma impressionante, o Racing assediou mais Salas fora de campo do que no campo, onde, além do gol, ele descobriu uma segunda chance, embora o goleiro Cambeses tenha levado a melhor na finalização. “Sempre fiquei tranquilo, nunca exagerei, sei como lidar da melhor maneira. Acho que sempre houve respeito da torcida do Racing. Os jogadores e a torcida sempre foram carinhosos comigo e, para ser sincero, serei sempre grato”, ressaltou. A vitória fortalecerá o espírito, uma necessidade para o River que terá que confirmar essa recuperação no domingo, na visita ao Rosario Central – ambos disputam a liderança da tabela anual, que concede vagas para competições internacionais. Salas não evitou o desafio.

A serenidade de Salas contrastou com o escândalo em que Acuña se envolveu. A cena começou com um cuspe de Adrián Balboa no defensor. Gallardo tentou separar e Franco Pardo, defensor do Racing, ajudou o treinador a acalmar a situação. A polêmica continuou com outro interlocutor: Gonzalo Costas, auxiliar técnico de seu pai Gustavo. “Agora que ele é campeão do mundo, é um ingrato”, disparou, depois de trocarem tentativas de agressão. Neste ponto, o Huevo se juntava à festa com seus companheiros.

Alex Barsa

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