Milei chega ao Brasil com uma economia em declínio e quase isolado na região – NEP

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A décima viagem internacional do presidente argentino será a primeira a ser realizada na América do Sul. Após várias visitas aos Estados Unidos e Europa, ele estreia na região com uma agenda mais marcada por suas afinidades ideológicas do que por interesses de Estado. Participará este fim de semana da Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC) no Brasil, junto a outros líderes de extrema direita latino-americanos. Após o evento, retornará a Buenos Aires, evitando ir para a cúpula de chefes de Estado do Mercosul em Asunción, no Paraguai.

A viagem ocorrerá no avião presidencial, rumo a Camboriú, Santa Catarina, onde o fórum ultra será realizado. O presidente argentino fará um discurso no sábado e se reunirá com autoridades e empresários brasileiros no dia seguinte antes de voltar para Buenos Aires.

Essa programação permitirá a Milei evitar um encontro com o presidente brasileiro, Lula da Silva, com quem tem uma relação tensa desde a campanha eleitoral. Até o momento, os dois se cumprimentaram rapidamente apenas em uma cúpula do G7 na Itália. Na última semana, o presidente argentino fez declarações polêmicas em resposta a Lula.

Diante das críticas pela realização de viagens privadas em meio à crise econômica, o porta-voz presidencial alegou que a agenda ocupada de Milei o impedirá de comparecer à cúpula no Paraguai na segunda-feira. Mesmo assim, não descartou a possibilidade de participar de eventos com outros líderes latino-americanos.

Milei, que protagonizou uma guinada na política externa argentina, tem concentrado seu foco no Hemisfério Norte, excluindo os países vizinhos. Seu desinteresse pela América Latina tem gerado controvérsias e tensões com líderes regionais. No entanto, os laços comerciais seguem preservados.

O presidente argentino chega à CPAC com alta popularidade na região, apesar das políticas de austeridade adotadas em seu governo. O ajuste fiscal equilibrou as contas públicas, mas teve impacto negativo na economia, aumentando o desemprego e a pobreza.

A classe média argentina sofreu um severo declínio de renda nos últimos tempos, refletindo os desafios econômicos enfrentados pelo país. O governo espera que a economia se recupere com investimentos em diversos setores, impulsionados por incentivos fiscais. Novas medidas, como a criação de um ministério de desregulamentação, visam promover a transformação do Estado argentino e impulsionar o crescimento econômico.

Alex Barsa

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