O presidente ultradireitista Javier Milei declarou guerra ao banco Macro, o terceiro maior banco privado do país. Milei acusou o banco de promover um golpe de mercado que resultou no aumento das cotizações do dólar no mercado não regulamentado pelo Estado. Ele afirmou que o Macro tentou desestabilizar o governo ao liquidar 1,8 bilhões de pesos em bonos da dívida, obrigando o Banco Central a emitir moeda para pagá-los. Milei acredita que a operação foi influenciada pelo kirchnerismo.
A falta de definições do governo em relação à política econômica não agradou os investidores, o que levou o Macro a ativar os puts, um seguro de recompra criado em 2022. Milei deseja acabar com os puts como parte de sua luta contra a inflação. A disparada do dólar livre após a operação do Macro evidencia o descontentamento do presidente em relação às ações do banco.
O Banco Macro é relacionado à família Brito, cujo patriarca, Jorge Brito, mantinha uma relação próxima com Sergio Massa. Milei questiona a atuação do Macro, afirmando que o banco cresceu relacionando-se com o kirchnerismo. Por outro lado, o ministro de Economia, Luis Caputo, defendeu as ações do banco privado, afirmando que agiram de acordo com as informações recebidas.
A controvérsia entre Milei e o Banco Macro não teve resposta pública da instituição financeira. Massa, por sua vez, manteve-se em silêncio desde o anúncio de novas medidas econômicas. A disputa revela as tensões políticas e econômicas presentes no país.