A FIFA coloca especial ênfase no sucesso do seu mais novo projeto, o Mundial de Clubes, em todos os níveis: futebolístico, econômico e organizativo. O projeto teve que vencer várias resistências, principalmente das federações e ligas europeias, que veem a competição com 32 equipes como uma ameaça aos seus próprios torneios continentais, além de sobrecarregar um calendário que já está levando os jogadores ao limite físico, com uma longa lista de jogadores gravemente lesionados. É importante lembrar que o torneio será disputado este ano em doze sedes nos Estados Unidos, entre 12 de junho e 13 de julho, período de férias habitual dos jogadores.
Com o intuito de causar impacto, o presidente Gianni Infantino, durante o Congresso da FIFA, anunciou que o Mundial de Clubes distribuirá 1 bilhão de dólares em prêmios. A notícia é de interesse para equipes como Boca e River, da Argentina, embora ainda não tenha sido definido como será feita a distribuição dos prêmios de acordo com a colocação final no torneio e a posição no ranking da FIFA. Estima-se que o campeão receberá cerca de 100 milhões de dólares. Para efeito de comparação, o último campeão da Copa Libertadores, Botafogo, recebeu 32 milhões de dólares em prêmios. A FIFA projeta receber 2 bilhões de dólares em receitas com o Mundial, entre direitos televisivos, comerciais e venda de ingressos.
Os 32 times estão distribuídos em oito grupos. De acordo com fontes próximas à entidade máxima do futebol mundial, cerca de 575 milhões serão destinados para serem divididos entre os participantes, enquanto 425 milhões serão distribuídos de acordo com o desempenho esportivo. Especula-se que um clube europeu receberá entre 60 e 90 milhões, apenas por participar, enquanto os times da Conmebol (como Boca, River e quatro equipes brasileiras) receberão entre 10 e 15 milhões, podendo ter esse valor aumentado de acordo com os resultados obtidos.
Desde o sorteio realizado há alguns meses, Boca, que entrou no Mundial pelo ranking da Conmebol, compartilhará o grupo com Bayern Munich, Benfica e Auckland City, representante da Oceania. Já o River, também classificado pelo ranking da Conmebol, estará no grupo com Inter de Milão, Monterrey e Urawa Red Diamonds, do Japão.
Infantino afirmou que o Mundial será um negócio econômico para os clubes, no qual a FIFA não participará, ficando satisfeita em seu papel de organizadora. Durante o Congresso, a FIFA destacou sua base financeira sólida para desenvolver o futebol em todo o mundo e aprovou por unanimidade o Relatório Anual de 2024.
Além disso, a FIFA anunciou a criação do primeiro Mundial de Clubes feminino para 2028, com a participação de 19 equipes. A Conmebol terá duas vagas diretas e mais uma vaga através de repescagem.
A transmissão do Mundial de Clubes no Brasil será realizada através da DAZN, com DirecTV (DSports) sendo a responsável pela transmissão na América Latina, chegando a 138 milhões de espectadores na região.