O bastidores da troca de goleiro do Boca para os pênaltis: “Era uma decisão que estava acordada”

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Quando faltavam apenas alguns minutos para o final do tempo regulamentar entre Boca e Alianza Lima, uma situação incomum no mundo do futebol foi vivida na Bombonera: Agustín Marchesin, o goleiro titular do Boca, fez um sinal ao corpo técnico de Fernando Gago pedindo para ser substituído antes da disputa de pênaltis. Em seu lugar, entrou o jovem Leandro Brey, considerado um especialista neste tipo de situação, mas que acabou não conseguiu defender nenhum dos cinco pênaltis. O desfecho foi conhecido: o Boca foi eliminado da Copa Libertadores e também não terá acesso à Copa Sul-Americana.

Antes disso, houve uma discussão, pois os colaboradores levaram a mensagem para Gago, que conversou brevemente com seu assistente Fabricio Coloccini e, por sua vez, o ex-defensor falou com Cristian Muñoz, treinador de goleiros. Uma situação que refletiu a confusão no banco de reservas. Após a eliminação, Fernando Gago foi questionado em coletiva de imprensa sobre os motivos dessa decisão que, no final das contas, lhe custou caro. “Tudo o que temos trabalhado é estudado, é trabalhado. Brey está mais acostumado à análise que os garotos fazem de onde podem executar, onde podem chutar. Não nos esqueçamos que Lea (Brey) defendeu 4 pênaltis (nas séries anteriores), então é um goleiro com registros muito bons”, fundamentou Pintita.

O polêmico substituto de Brey por Marchesin

Por sua vez, o treinador indicou que a decisão foi “tomada em comum acordo” com o goleiro titular. “Agustín (Marchesin) também tomou a decisão do que estava falado para poder fazer. Obviamente poderia ou não acontecer se gastasse a substituição antes. Então, a partir disso, foi muito claro, era uma decisão que estava, em certo ponto, falada, mas não tomada. Foi tomada no momento”, sentenciou.

Na disputa de pênaltis, o goleiro formado nas categorias de base do Boca adivinhou para onde chutariam quatro dos cinco jogadores do time peruano, mas não conseguiu defender nenhum: os chutes de Paolo Guerrero, Fernando Gaibor, Miguel Trauco, Erick Noriega e Pablo Lavandeira foram para o fundo da rede.

Ao contrário do que aconteceu nesta noite de terça-feira na Bombonera, Leandro Brey havia sido o herói de duas disputas de pênaltis distintas com a camisa do Boca, ambas na Copa Argentina de 2024: na primeira, defendeu um chute do Talleres de Córdoba nas oitavas de final, enquanto contra o Gimnasia, nas quartas, defendeu 4.

Naquele 23 de outubro do ano passado, o jovem formado nas categorias de base teve uma atuação incrível: parou os chutes de Castillo, Troyansky, Morales e Salazar e foi o grande herói da classificação do Boca às semifinais da Copa.

Agustín Marchesin, quando estava prestes a ser substituído por Leandro Brey nos pênaltis do Boca contra o Alianza Lima

Por sua vez, o goleiro titular do Boca tinha um registro negativo em disputas de pênaltis na Copa Libertadores. No total, esteve presente em duas definições, ambas com derrota.

A primeira, em 2012, foi com a camisa do Lanús. Na série de quartas de final, o argentino não conseguiu defender nenhum pênalti contra o Vasco da Gama, e sua equipe foi eliminada por 5 a 4.

O segundo aconteceu na edição de 2024, com a camisa de seu ex-time, o Grêmio. Lá, enfrentou nas oitavas de final o atual campeão Fluminense, onde foi novamente derrotado.

Assim, dos 10 pênaltis cobrados nas definições da Copa Libertadores, o atual goleiro do Boca não conseguiu defender nenhum: nove foram gols e um acertou a trave.

Alex Barsa

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